
Pesquisa aponta que doença neurodegenerativa pode ter origem no sistema digestivo
(CCM SAÚDE) — A retirada do apêndice pode estar diretamente ligada ao combate do mal de Parkinson. Pelo menos é o que indica uma pesquisa conduzida nos Estados Unidos.
De acordo com os cientistas, essa condição tem origem no sistema digestivo, com a acumulação de uma proteína denominada alfa-sinucleína, encontrada em pacientes com Parkinson.
Publicado na revista 'Science Translational Medicine', o estudo aponta que essa proteína é capaz de viajar pelo nervo que conecta o trato intestinal até o cérebro, reproduzindo-se e gerando efeitos neurotóxicos.
Para chegarem a essa conclusão, os cientistas do Instituto Van Andel Research, em Michigan, nos Estados Unidos, analisaram dados de 1,6 milhão de suecos ao longo de 50 anos. O resultado foi que os riscos de desenvolver Parkinson foram 20% menores em pacientes que tinham removido o apêndice.
Pequena bolsa localizada no intestino grosso, o apêndice é, aparentemente, um órgão sem utilidade e, por isso, muitas pessoas vivem normalmente após sua retirada por conta de inflamações.
"Apesar de ter uma reputação de algo completamente desnecessário, o apêndice desempenha um papel importante no nosso sistema imunológico, na regulação da composição de nossas bactérias intestinais e agora, como mostramos com o nosso trabalho, na doença de Parkinson", diz a pesquisadora Viviane Labrie, uma das autores do estudo.
A descoberta, muito importante para descobrir os mecanismos do Parkinson, indica que a doença começa fora do cérebro. Tal entendimento permite que sejam criados tratamentos para prevenir ou parar essa condição, ainda sem cura.
Foto: © adriaticfoto - Shutterstock.com
(CCM SAÚDE) — A retirada do apêndice pode estar diretamente ligada ao combate do mal de Parkinson. Pelo menos é o que indica uma pesquisa conduzida nos Estados Unidos.
De acordo com os cientistas, essa condição tem origem no sistema digestivo, com a acumulação de uma proteína denominada alfa-sinucleína, encontrada em pacientes com Parkinson.
Publicado na revista 'Science Translational Medicine', o estudo aponta que essa proteína é capaz de viajar pelo nervo que conecta o trato intestinal até o cérebro, reproduzindo-se e gerando efeitos neurotóxicos.
Para chegarem a essa conclusão, os cientistas do Instituto Van Andel Research, em Michigan, nos Estados Unidos, analisaram dados de 1,6 milhão de suecos ao longo de 50 anos. O resultado foi que os riscos de desenvolver Parkinson foram 20% menores em pacientes que tinham removido o apêndice.
Pequena bolsa localizada no intestino grosso, o apêndice é, aparentemente, um órgão sem utilidade e, por isso, muitas pessoas vivem normalmente após sua retirada por conta de inflamações.
"Apesar de ter uma reputação de algo completamente desnecessário, o apêndice desempenha um papel importante no nosso sistema imunológico, na regulação da composição de nossas bactérias intestinais e agora, como mostramos com o nosso trabalho, na doença de Parkinson", diz a pesquisadora Viviane Labrie, uma das autores do estudo.
A descoberta, muito importante para descobrir os mecanismos do Parkinson, indica que a doença começa fora do cérebro. Tal entendimento permite que sejam criados tratamentos para prevenir ou parar essa condição, ainda sem cura.
Foto: © adriaticfoto - Shutterstock.com