
Estudo brasileiro mostra que overtraining causa fibrose cardíaca e gordura hepática.
(CCM Saúde) — O excesso de exercícios físicos provoca danos em diversos órgãos, entre eles o coração e o fígado. Esse é o resultado de uma pesquisa da Universidade de São Paulo.
Segundo Adelino Sanchez, autor do estudo, o chamado overtraining sempre esteve associado a um quadro com sintomas como depressão, insônia e baixa de imunidade. A hipótese, criada há cerca de 20 anos, apontava que a prática intensa de atividade física liberaria citocinas, proteínas inflamatórias, no sangue, causando a síndrome.
No entanto, o trabalho brasileiro, realizado em camundongos, demonstrou a ocorrência de outro mecanismo prejudicial ao corpo. Os exercícios excessivos provocavam dificuldade na captação de glicose pelos músculos e o problema era compensado por um aumento no metabolismo do coração e fígado.
Essa situação gerou fibrose e hipertrofia patológica do coração. Já o fígado dos ratos submetidos ao overtraining apresentou elevação nos níveis de gordura, condição ligada a doenças como diabetes e cirrose.
Depois de oito semanas de experimento, os animais passaram por duas semanas de recuperação física, sem qualquer atividade física, mas os efeitos maléficos já estavam consolidados e o desempenho dos órgãos foi comprometido.
Pesquisador da Faculdade de Educação Física, Sanchez defende a prática regular e moderada de atividade física como medida preventiva contra obesidade, hipertensão e outras doenças graves. Para ele, períodos de 24 a 48 horas de repouso são suficientes para a recuperação do organismo aos exercícios.
Foto: © oneinchpunch - Shutterstock.com
(CCM Saúde) — O excesso de exercícios físicos provoca danos em diversos órgãos, entre eles o coração e o fígado. Esse é o resultado de uma pesquisa da Universidade de São Paulo.
Segundo Adelino Sanchez, autor do estudo, o chamado overtraining sempre esteve associado a um quadro com sintomas como depressão, insônia e baixa de imunidade. A hipótese, criada há cerca de 20 anos, apontava que a prática intensa de atividade física liberaria citocinas, proteínas inflamatórias, no sangue, causando a síndrome.
No entanto, o trabalho brasileiro, realizado em camundongos, demonstrou a ocorrência de outro mecanismo prejudicial ao corpo. Os exercícios excessivos provocavam dificuldade na captação de glicose pelos músculos e o problema era compensado por um aumento no metabolismo do coração e fígado.
Essa situação gerou fibrose e hipertrofia patológica do coração. Já o fígado dos ratos submetidos ao overtraining apresentou elevação nos níveis de gordura, condição ligada a doenças como diabetes e cirrose.
Depois de oito semanas de experimento, os animais passaram por duas semanas de recuperação física, sem qualquer atividade física, mas os efeitos maléficos já estavam consolidados e o desempenho dos órgãos foi comprometido.
Pesquisador da Faculdade de Educação Física, Sanchez defende a prática regular e moderada de atividade física como medida preventiva contra obesidade, hipertensão e outras doenças graves. Para ele, períodos de 24 a 48 horas de repouso são suficientes para a recuperação do organismo aos exercícios.
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