É importante observar que o coito interrompido não é um método de controle de natalidade eficaz. Ele tem sido praticada há séculos, principalmente quando não havia outra forma de evitar uma gravidez e continua a ser uma prática comum entre muitos casais. Sendo um 'método natural' pode ser usado por aqueles casais cujas crenças religiosas ou culturais não permitem usar outros métodos contraceptivos.
O coito interrompido envolve a remoção do pênis da vagina antes de ocorrer a ejaculação.
Esta prática não é segura para evitar a gravidez, pois o homem pode não perceber que está prestes a ejacular e não ser capaz de retirar o pênis da vagina a tempo. Também é um equívoco pensar que só uma ejaculação profunda dentro da vagina pode levar à gravidez. Ainda que as chances sejam menores, o lançamento de espermatozoides em qualquer ponto do canal vaginal pode levar a uma fecundação do óvulo. Além disso, o coito interrompido não protege os parceiros contra doenças sexualmente transmissíveis.
Para uma gravidez é preciso apenas a união de um espermatozoide e um óvulo. Estima-se que cada gota de sêmen contenha cerca de 100 mil espermatozoides em sua composição. Desta forma, uma mínima quantidade de líquido seminal que fique na vagina da mulher pode ocasionar uma gravidez, ainda que o jato ejaculatório seja importante para garantir uma avanço considerável dos espermatozoides pelo canal vaginal e útero da mulher.
O coito interrompido também pode levar a alguns distúrbios sexuais que são geralmente desconhecidos pela população que usa este sistema como controle de natalidade. Para os homens, pode criar uma grande frustração ter que interromper sempre a ejaculação, tentando controlá-la com antecedência. Em alguns casos, podem aparecer com o tempo problemas de ereção. Para as mulheres, o maior problema é a preocupação com a dúvida se o parceiro se controlou o suficiente e com a espera pela chegada da próxima menstruação. Também é bastante comum que, nestas condições, a mulher tenha dificuldade de atingir o orgasmo.
Os métodos contraceptivos, como o uso de preservativos, DIU e pílula anticoncepcional, fornecem segurança e confiança e podem garantir a tranquilidade necessária para que tanto o homem quanto a mulher desfrutem do sexo.
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