A sífilis é uma doença sexualmente transmissível que acontece em três etapas, associadas com sintomas específicos. No entanto, 50% das infecções transcorre por longos períodos com poucos sintomas ou até mesmo nenhum. Isso torna a doença bastante difícil de ser detectada e permite que o paciente contamine outras pessoas antes de obter um diagnóstico. Além disso, quadros assintomáticos de sífilis podem evoluir para a sífilis terciária, a mais severa da doença.
Após uma infecção, os pacientes desenvolvem os primeiros sintomas entre 10 e 90 dias. Porém, mesmo que ainda não apresentem sintomas podem contaminar seus parceiros sexuais. Em geral, surgem úlceras no local da infecção. Nos homens, ela aparece no pênis e, nas mulheres, nos grandes lábios ou outras regiões da vagina. Se uma infecção ocorre através de sexo oral, a úlcera também pode ocorrer na mucosa oral e, após o sexo anal, no reto. Úlceras na boca e no reto são geralmente bastante dolorosas. Além disso, essas lesões e o líquido que secretam são altamente infecciosos. Ao mesmo tempo, ou pouco mais tarde, ocorre aumento dos gânglios linfáticos. As queixas desaparecem - mesmo se nenhum tratamento é realizado - após cerca de 6 semanas.
Três a seis semanas mais tarde, surgem sintomas semelhantes aos da gripe, como febre, dor de cabeça e calafrios, e os nódulos linfáticos podem inchar novamente. Estes sintomas são acompanhados, após cerca de duas semanas, por erupção cutânea. Inicialmente suave e rosa, ela, na sequência, se torna áspera, retorcida e com coloração de cobre. Os nódulos podem se romper e são altamente infecciosos. Estes sintomas desaparecem de novo, mas só depois de cerca de quatro meses.
Após a segunda fase, pode se seguir um período totalmente assintomático. No entanto, o risco de contaminação de outras pessoas permanece. Essa fase pode durar poucos meses ou décadas até que a sífilis reaparece já em sua terceira e mais grave etapa.
Na sífilis terciária, a bactéria Treponema pallidum, causadora da doença, já infectou todo o corpo do paciente. Surgem lesões, denominadas de gomas sifilíticas, em diversos órgãos. Estas podem explodir e causar destruição do tecido ou um sangramento perigoso. Há risco real de morte do paciente e, em geral, exige-se internação para o tratamento.
Se a sífilis não for tratada, surge, após cerca de dez a vinte anos, uma inflamação do cérebro, medula espinhal ou outros nervos, que é acompanhada por deterioração mental e demência.
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