A sífilis é uma doença sexualmente transmissível causada pela bactéria Treponema pallidum e que se manifesta normalmente três semanas após o contato do paciente com o patógeno. Essa infecção bacteriana provoca lesões na pele e mucosas. A evolução da doença ocorre fundamentalmente em três estágios. O último, por ser costumeiramente assintomático, às vezes é confundido com a cura da doença.
A sífilis faz parte do rol das doenças sexualmente transmissíveis. Desta forma, sua transmissão ocorre durante as relações sexuais desprotegidas. Além disso, a sífilis também pode ser passada de mãe infectadas pela bactéria para seus filhos durante a gestação.
Os sintomas da sífilis são diferentes de acordo com cada estágio da doença. Na sífilis primária, o principal sintoma, que aparece cerca de 20 dias após a contaminação pelo T. pallidum, é a formação de úlceras no pênis, vagina ou ânus (em caso de contágio anal) e boca (contágio oral). Principalmente os dois últimos são bastante dolorosos. Em geral, as dores e úlceras desaparecem em cerca de seis semanas mesmo se o paciente não realizar nenhum tratamento.
Já na sífilis secundária, o paciente desenvolve sintomas similares aos da gripe - febre relativamente alta, dor de cabeça e calafrios - e apresenta inchaço dos nódulos linfáticos. Estes nódulos podem abrir e apresentam alta taxa de contágio. Esta fase costuma durar cerca de quatro meses e seus sintomas também desaparecem mesmo sem tratamento.
Por fim, a sífilis terciária tem como principal característica a formação das chamadas gomas sifilíticas, que podem se desenvolver em diversos órgãos do corpo. O rompimento destas lesões podem destruir o tecido do órgão e provocar quadros perigosos de hemorragia interna. Para evitar o desenvolvimento dos estágios da doença, o ideal é procurar um médico urologista ao primeiro sinal das úlceras para que ele faça o diagnóstico adequado e inicie o tratamento.
Inicialmente, há a suspeita da sífilis a partir da observação dos sinais clínicos apontados acima. O diagnóstico será confirmado por exame de sangue que combina os testes TPHA e VDRL. Outras doenças sexualmente transmissíveis também devem ser investigadas tanto no paciente quanto em seus parceiros sexuais.
O tratamento da sífilis se dá essencialmente pela administração de antibióticos, em particular a penicilina G cristalina. O tratamento é administrado por via intramuscular ou intravenosa de uma só vez. Ao fim de seis meses, um controle dos exames sorológicos é necessário para avaliar a eficácia do tratamento. As relações sexuais devem ser protegidas e os parceiros sexuais do paciente infectado serão localizados e tratados, se necessário.
Sendo uma doença sexualmente transmissível, é indispensável o uso de preservativo durante as relações sexuais para prevenção da sífilis, mesmo em caso de sexo oral e anal, porque a transmissão é igualmente possível nesses casos. A investigação - e posterior tratamento em caso de confirmação - da sífilis por sorologia no começo da gravidez contribui para a prevenção da transmissão materno-fetal. A sífilis congênita é bastante grave.
Sim, a sífilis tem cura e o tratamento é relativamente simples com o uso da penicilina G cristalina. No entanto, é importante que o diagnóstico seja feito de maneira precoce para elevar as chances de recuperação do paciente.
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