O burnout é uma doença contemporânea também chamada de Síndrome do Esgotamento Profissional. Mal interpretado e sobretudo mal diagnosticado, o burnout afeta cerca de 10% dos trabalhadores. Ele é uma forma de fadiga generalizada, física e/ou mental, causada pelo estresse e ansiedade provocado por ritmo de trabalho excessivo. Apesar disso, ele não é considerado um transtorno mental.
O burnout é descrito como um transtorno de adaptação. O diagnóstico é difícil de estabelecer, mesmo se o clínico ou médico do trabalho responsável pela avaliação conheça essa patologia. Para diagnosticar um eventual burnout, o médico passará bastante tempo discutindo com o paciente e questionando-o. Um exame de sangue pode ser prescrito para determinar uma eventual origem orgânica da fadiga. Um exame psicológico é imperativo para colocar em prática o tratamento médico e cuidados psicológicos.
O burnout se manifesta física e psicologicamente por sinais diversos e variados de acordo com a pessoa. Entre os sintomas psicológicos estão falta de motivação, frustração, isolamento, ansiedade e transtornos de memória e concentração. Por outro lado, os sintomas físicos mais comuns em pacientes afetados pela síndrome são fadiga excessiva, dores pelo corpo, dificuldades de digestão, distúrbios do sono (insônia, bruxismo, apneia do sono) e perda ou ganho rápido de peso, dependendo de como a pessoa reage ao esgotamento.
A primeira etapa do tratamento consiste em prescrever um período de licença do trabalho, que deve durar o tempo que for necessário para o paciente recuperar-se física e, principalmente, psicologicamente. Uma parada no trabalho é indispensável como forma de iniciar o processo de cura. Também é necessário bastante repouso. Além disso, o tratamento envolve sessões de psicoterapia com um psicólogo ou psiquiatra. Em casos mais raros, o médico pode prescrever um tratamento médico à base de remédios, como ansiolíticos e antidepressivos.
É primordial antecipar o surgimento de um burnout e desacelerar a carga de trabalho para evitar que os sintomas, tanto físicos quanto psicológicos, se agravem e as eventuais consequências dramáticas possam surgir.
Uma das classes de trabalhadores mais atingidos pelo burnout são os professores. Segundo alguns levantamentos, a incidência desta síndrome entre os docentes é de 15%, bem acima da média nacional. Os motivos para esta situação são a alta carga de trabalho, baixas remunerações - principalmente no ensino básico - e as dificuldades inerentes à profissão.
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