A Mers, sigla em inglês para a Síndrome Respiratória do Oriente Médio, é uma doença viral que causa infecção aguda das vias respiratórias e, desde o seu surgimento, apresenta taxas de mortalidade entre 30% e 40%.
A Mers foi registrada pela primeira vez em 2012, na Arábia Saudita. Na sequência, a doença se espalhou pelos países do Oriente Médio e se manteve restrita à região até 2015, quando a Coreia do Sul se tornou o primeiro país fora do Oriente Médio com casos autóctones (transmitidos dentro do território) da síndrome. Com isso, surgiu o temor de que o vírus se torne uma pandemia, ou seja, uma epidemia global, contaminando pessoas nos cinco continentes.
Os sintomas da síndrome são bastante parecidos com os de uma gripe comum. Tosse, febre e dificuldades para respirar aparecem logo nos primeiros dias de contaminação. Em alguns casos, também se observam quadros de diarreia, enjoos e vômito. No entanto, também existem pessoas que são infectadas pelo coronavírus e não apresentam sintomas. Ainda não está claro se casos assintomáticos da doença levam ao óbito da mesma forma e com as mesmas taxas que os casos padrão.
Causada por um vírus da família dos coronavírus, a Mers ainda não teve a sua forma de transmissão definida por pesquisadores. Porém, a forma do vírus em humanos é bastante similar à encontrada em morcegos e camelos. Por conta disso, estudos realizados no Oriente Médio indicam que a síndrome respiratória pode ter sido transmitida inicialmente através do contato de humanos com camelos, comuns na região.
Ainda não foram desenvolvidos remédios que combatam a Mers. Por conta disso, o tratamento é feito somente sobre os sintomas, com o uso de analgésicos e antitérmicos. Como também não existem vacinas para impedir a contaminação, a melhor forma de se prevenir da síndrome é tomando os mesmos cuidados para evitar uma gripe ou resfriado. Lavar as mãos regularmente, cobrir nariz e boca ao espirrar e evitar encostar no rosto com a mão suja.
Os casos autóctones registrados na Coreia do Sul em junho de 2015, que provocaram 20 mortes até o dia 17, ligam o sinal de alerta para o risco de pandemia de Mers. No entanto, a Organização Mundial da Saúde não emitiu comunicados para restrição ou medidas especiais em viagens ao países com casos registrados.
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