A próstata é uma glândula localizada logo abaixo da bexiga. Sua principal função é produzir o sêmen, líquido que protege o esperma. Além disso, a uretra, tubo que carrega a urina por todo o pênis, passa pelo meio da próstata. A próstata aumenta de tamanho naturalmente com a idade e pode, de maneira progressiva, causar dificuldades para a urina passar por ela.
O principal fator de risco para câncer de próstata é a idade. 60% dos casos ocorrem em homens acima de 70 anos. Outros fatores são histórico familiar, cor da pele (mais comum em negros e pardos) e alimentação. Há evidências de que o tomate protege contra o câncer e laticínios elevam o risco. Além disso, estudos apontam que pacientes com diabetes tem menor risco de desenvolver câncer de próstata.
Em 2014, foram registrados 68.800 novos casos de câncer de próstata no Brasil. O valor torna a doença a segunda modalidade de câncer mais comum no país, atrás apenas do câncer de pele. A incidência da doença é de cerca de 70 portadores por 100 mil habitantes. Em 2011, último ano com dados disponíveis pelo Ministério da Saúde, 13.129 homens morreram por decorrência do câncer de próstata no Brasil.
Os sintomas do câncer de próstata se confundem com as consequências do aumento natural do tamanho da próstata. O paciente sente necessidade de urinar com frequência, especialmente à noite, e experimenta dor e ardência quando urina ou ejacula. É possível encontrar sangue na urina e no esperma.
O portador urina em pequenas quantidades e também sente dores nas costas e quadril. O câncer de próstata se desenvolve lentamente, às vezes durante mais de dez anos. Em outros casos, a doença é assintomática e o problema só é descoberto quando o homem morre por outras causas.
Se você apresenta sintomas, procure um urologista para que sejam feitas as investigações iniciais. O método mais utilizado é o exame de toque retal, que analisa o tamanho da próstata. O exame deve ser feito anualmente a partir dos 40 anos. Realizar o teste pode ajudar no diagnóstico precoce da doença, aumentando as chances de cura. Deixe o preconceito de lado e coloque a sua saúde em primeiro lugar.
O tratamento depende do estágio em que o câncer de próstata é descoberto. Entre as opções, há terapias hormonais, cirurgia para remoção da próstata, radioterapia e quimioterapia. A decisão sobre o método utilizado cabe ao especialista. Ao longo do tratamento, o urologista vai monitorar sua eficácia e, terminado o processo, garantir que não haja remissão.
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