Chikungunya: causas, sintomas e tratamento

A chikungunya é uma doença causada por vírus que guarda diversas semelhanças com a dengue e zika. A principal delas é a forma de transmissão. As três doenças são passadas através da picada do mosquito Aedes aegypti.

Vírus da chikungunya

A chikungunya é causada pelo vírus CHIKV, da família Togaviridae. Os primeiros registros do vírus datam da década de 1950, no Sudeste Asiático. Em países da América Latina, a doença já era conhecida na Venezuela, Colômbia, Suriname e Guiana. Já no Brasil, os primeiros casos autóctones - quando a transmissão ocorre dentro do país - só foram registrados em setembro de 2014, nos estados do Amapá e Bahia. A cidade de Feira de Santana, na Bahia, sofreu epidemia da doença em 2014 com mais de mil casos confirmados em apenas três meses.

Sintomas da febre chikungunya

Os sintomas da chikungunya são bastante parecidos com os dengue. Entre quatro e oito dias depois de levar a picada, o paciente infectado passa a apresentar febre alta (na casa dos 40ºC), dores de cabeça e manchas avermelhadas pelo corpo. A grande diferença em relação à dengue, no entanto, está nas dores sentidas pelo paciente.

Na dengue, as dores são generalizadas, pelo corpo inteiro. Já na chikungunya, as dores são mais intensas e ocorrem exclusivamente nas articulações podendo até impedir os movimentos. Isso acontece pois o vírus da doença busca se instalar nas articulações, como cotovelos e joelhos. Em certas ocasiões, as dores se mantêm mesmo após o tratamento da doença.

Tratamento da chikungunya

Bem como a dengue, não existe vacina contra o vírus da febre chikungunya ou tratamento específico para a doença. O correto é combater os sintomas, buscando baixar a febre e as dores com analgésicos. Além disso, anti-inflamatórios podem ser receitados, após o desaparecimento dos demais sintomas, caso as dores nas articulações permaneçam incomodando e atrapalhando a vida do paciente.

Prevenção da chikungunya

Acima do tratamento da doença, o mais importante com relação à chikungunya é realizar a prevenção da sua ocorrência com procedimento igual ao feito contra a dengue. É necessário evitar o acúmulo de água parada em pneus, caixas d'água, garrafas e vasos de planta para impedir que o Aedes se prolifere, aumentando os riscos de transmissão.

Epidemia de chikungunya no Brasil

Os riscos do Brasil sofrer com uma epidemia de febre chikungunya nos próximos anos são bastante altos. Isso acontece pois o mosquito Aedes já está disseminado pelo território brasileiro e toda a população ainda é suscetível à doença levando-se em conta que poucas pessoas foram infectadas com a doença até o momento.

Risco de morte por febre chikungunya

Esta é a grande diferença da febre chikungunya para a dengue. Enquanto a última pode provocar a morte, a primeira não apresenta esse risco. Isso se dá pois a chikungunya, ao contrário da dengue, não possui forma hemorrágica, responsável pelos óbitos. No entanto, as dores provocadas pela doença podem se manter por semanas e mesmo meses após o tratamento e, dependendo de sua intensidade, provocar incapacidade dos pacientes.

Recomendações do Ministério da Saúde

Por causa de não haver risco de morte associado à chikungunya, a doença não é uma das prioridades do Ministério da Saúde, que segue mais atento ao combate à dengue e ao vírus zika. No entanto, o órgão federal recomenda a atenção à doença deve se voltar para o combate às larvas do Aedes aegypti.

Foto: © nechaevkon - Shutterstock.com

CCM Saúde é uma publicação informativa realizada por uma equipe de especialistas de saúde.
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