A amigdalite é uma infecção das amígdalas palatinas (próximas ao céu da boca) ou linguais (próximas à língua). O problema é particularmente frequente entre crianças de até 10 anos pois o tecido é mais grosso nessa fase do que na adolescência e vida adulta. A amigdalite pode ser passageira ou crônica. Existe também outro tipo de amigdalite, consequência de uma angina crônica. Esta forma da infecção recebe o nome de amigdalite caseosa.
A amigdalite viral é a forma mais comum de amigdalite. O vírus se aloja nas amígdalas e provoca uma reação de defesa do sistema imunológico, o que provoca vermelhidão e, em casos mais graves, a formação de pus em volta das amígdalas. Ambas as ações são medidas do organismo para prevenir que o vírus se espalhe para outras partes do corpo, colocando em risco a integridade do paciente.
A amigdalite bacteriana é uma infecção normalmente provocada pelo Streptococcus pyogenes. Sua principal diferença para a forma viral da amigdalite é a ocorrência de febre persistente acompanhando o quadro de dor de gargante, dificuldade para engolir e vermelhidão.
Entre as crianças, essa forma da infecção é conhecida como amigdalite hipertrófica, consequência de infecções sucessivas e de um atraso na aquisição da imunidade. Já entre os adultos, a doença se manifesta quando a amígdala passa a se comportar como um reservatório de micróbios.
A causa principal da amigdalite caseosa é um acúmulo de peles mortas, normalmente engolidas, nas criptas, pequenas reentrâncias nas amígdalas, provocando a inflamação.
A possibilidade de contágio de uma amigdalite vai depender da causa da doença. Nos casos de amigdalite viral, existe o risco de propagação do vírus, mas, em geral, a outra pessoa infectada no máximo vai apresentar sinais de gripe e resfriado, não evoluindo para uma amigdalite. Já na amigdalite bacteriana, o estreptococo, a ser transmitido para outra pessoa, pode provocar como sintoma de sua infecção uma inflamação das amígdalas.
Os principais sintomas da amigdalite são dor de garganta, dificuldade para engolir e a coloração avermelhada do tecido, onde também se percebem a presença de pus, pequenos pontos brancos. Outros sintomas são febre alta, tosse e sensibilidade dos gânglios linfáticos no pescoço. Nos casos de amigdalite caseosa, o paciente também sofre com mau hálito e dor de ouvido.
As causas principais da amigdalite, em qualquer uma de suas formas, são vírus respiratórios (do resfriado e da gripe), mononucleose e bactérias estreptococos do grupo A.
Uma amigdalite benigna desaparece geralmente com poucos dias de repouso e boa hidratação. Em casos mais graves, é preciso determinar a causa do problema para definir o melhor tratamento, que pode ser feito com uso de antibióticos ou com cirurgia para retirada das amígdalas.
Alguns tratamentos caseiros têm boa eficácia no combate à amigdalite. Entre eles estão o suco de pepino com mel, o suco de limão, o suco de tomate e o chá de romã. Faça gargarejos com estes líquidos e tente-os manter o máximo de tempo possível na garganta para aumentar a ação.
Existem dois tipos de complicações da amigdalite: as supuradas e as não supuradas. No primeiro grupo, pode-se observar casos de escarlatina (doença infectocontagiosa também causada pelo estreptococo) e glomerulonefrite (inflamação do glomérulo, unidade funcional dos rins). No segundo grupo, o problema principal é a ocorrência de abscessos.
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