A dengue é uma doença infecciosa viral endêmica no Brasil transmitida pela fêmea do mosquito Aedes aegypti, cuja picada também pode passar o vírus zika e a chikungunya. Em 2016, o Brasil viveu a maior epidemia de dengue da sua História, com 1,9 milhão de casos.
O vírus da dengue possui quatro subtipos, o que significa, consequentemente, que a doença apresenta quatro formas diferentes. Atualmente, todas as formas da dengue estão em circulação no país após o tipo 4 reaparecer em 2010, após 28 anos sem registro de casos. Diferentemente do que se imagina, a dengue hemorrágica não é um subtipo da dengue, mas uma das formas em que a doença pode se apresentar em qualquer subtipo. Além dela, há o quadro de dengue clássica, a infecção inaparente (assintomática) e a síndrome de choque (muito rara e perigosa).
A dengue é transmitida pela picada do mosquito Aedes aegypti infectado pelo vírus. Vale destacar que apenas as fêmeas da espécie podem transmitir a doença para humanos.
Os sintomas da dengue clássica são febre alta (máximo de 40°C) por até três dias, dores pelo corpo e atrás dos olhos, fadiga e indisposição. Em geral, os sintomas desaparecem de maneira espontânea a partir do quinto dia. Não há risco de morte do paciente em caso de dengue clássica.
Atualmente, não existe nenhum tratamento específico contra a dengue. Por conta disso, a terapia é feita através do controle e combate dos sintomas para alívio das dores corporais e redução da febre, principalmente.
O paracetamol é uma das substâncias, ao lado da dipirona, mais recomendadas para combate da dengue. Por outro lado, as aspirinas não devem ser utilizadas por risco de hemorragias. Além disso, é fundamental que o paciente se mantenha bastante hidratado durante a recuperação e tente repousar ao máximo.
A dengue hemorrágica é a forma mais perigosa da doença e pode causar a morte do paciente. Além dos sintomas clássicos da doença, esta modalidade provoca sangramentos pela boca, gengivas e nariz. Ao primeiro sinal de hemorragia, combinada às demais manifestações, é necessário procurar aconselhamento médico. Em alguns casos, o paciente precisa ser internado para acompanhamento e hidratação intravenosa.
A melhor forma de prevenir a ocorrência da dengue é com o combate às larvas do mosquito Aedes aegypti. Para isso, o necessário é efetuar a limpeza e esvaziamento de recipientes presentes em casa que possam acumular água. É na água parada que a fêmea do Aedes coloca seus ovos para reprodução. Veja como combater a dengue em apenas 10 minutos por semana.
Em dezembro de 2015, a Anvisa Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) liberou a produção e comercialização da primeira vacina contra a dengue. Desenvolvida pelo laboratório francês Sanofi-Pasteur, o produto já está disponível em clínicas particulares, mas seu alto custo impede a adoção pelo Ministério da Saúde, que investe na formulação de uma vacina brasileira. Já liberada em outros países, a vacina francesa da dengue tem eficácia próxima aos 70% e deve ser tomada somente por pessoas entre 9 e 45 anos.
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