Escoliose: tipos, causas e tratamento

A escoliose é um desvio da coluna vertebral vista de frente que é acompanhado de rotação dos corpos vertebrais. O termo escoliose provém de palavra grega que significa torcido. Cerca de 10% da população apresenta leve assimetria do tronco que pode ser considerada uma variação da normalidade. Desvios com mais de 10 graus já são classificados de anormais.

Tipos de escoliose

Ao todo, a escoliose pode ser separada em quatro grandes tipos podendo ter, cada um deles, suas próprias subdivisões. Os quatro tipos gerais são escoliose idiopática, escoliose congênita, escoliose degenerativa e escoliose neuromuscular.

Escoliose idiopática

Como o termo sugere, esta forma de escoliose tem causa desconhecida. Ela é dividida em três tipos: escoliose infantil (surge no nascimento e dura até os 3 anos), escoliose juvenil (surge aos 3 anos e dura até os 9 anos) e escoliose adolescente (mais frequente, dura dos 10 aos 18 anos).

Escoliose congênita

A escoliose congênita se apresenta desde o nascimento da criança e geralmente está associada a uma malformação de alguma das vértebras.

Escoliose degenerativa

A escoliose degenerativa, também conhecida como escoliose do adulto, é o tipo de escoliose que passa despercebida durante a juventude e se deve a lesões próprias da fase adulta, tais como osteoporose, degeneração discal, fraturas por compressão, entre outras.

Escoliose neuromuscular

A escoliose neuromuscular é o tipo de escoliose que se desenvolve acompanhada de certas condições neurológicas, como a paralisia cerebral ou a distrofia muscular.

Causas da escoliose

A escoliose idiopática é a mais frequente e afeta cerca de 75% dos pacientes com a condição. Em alguns casos, fatores genéticos e hereditários contribuem para o surgimento da escoliose.

Entre as formas de escoliose com causa definida, temos as escolioses secundárias, motivadas por diferença de altura entre as duas pernas e espasmos musculares decorrentes de hérnias de disco ou tumores. Em geral, essa forma desaparece com a correção do problema original.

Há também formas congênitas que se devem a malformações vertebrais. As causas para tais malformações podem ser hemivértebras - vértebra formada apenas pela metade - e a presença de uma barra óssea que une vários corpos vertebrais impedindo o correto crescimento das vértebras e favorecendo a formação de uma curva na coluna. Nestes casos, é importante descartar malformações em outros órgãos, como rins e coração.

Existem, por fim, outros tipos mais raros de escoliose ocasionados por problemas neuromusculares (espinha bífida, paralisia cerebral, doença de Duchenne) e doenças como a osteogênese imperfeita, síndrome de Marfan e neurofibromatose.

Sintomas da escoliose

A escoliose é um problema visível a olho nu e que se manifesta num primeiro momento em má postura do paciente tanto sentado quanto de pé, o que dá impressão de um desvio no eixo do corpo. De acordo com o tipo de escoliose, também podem ocorrer quadros de dores dorsais de origem óssea ou muscular.

Tratamento da escoliose

Em geral, o tratamento da escoliose em crianças e adolescentes não exige abordagem médica, mas apenas o acompanhamento da evolução do desvio e possível uso de um colete ortopédico para evitar o aumento do desvio. Em casos mais graves e raros, pode ser necessária a realização de cirurgia corretiva. Entre adultos, o tratamento da escoliose não é muito diferente, com possível utilização de colete e, raramente, intervenção cirúrgica.

Fisioterapia para escoliose

Sessões de fisioterapia no âmbito de um tratamento da escoliose são normalmente realizadas para redução das dores associadas ao problema. Por outro lado, a técnica não é eficaz para a correção da escoliose, que exige outras formas terapêuticas.

Foto: © Kleber Cordeiro - Shutterstock.com

CCM Saúde é uma publicação informativa realizada por uma equipe de especialistas de saúde.
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