O edema dos membros inferiores caracteriza-se por um aumento do volume de fluido intersticial na região das pernas. Também denominado edema periférico, esse inchaço pode acometer ambas as pernas, joelhos, tornozelos e/ou pés.
O edema dos membros inferiores ocorre quando há acúmulo de líquido plasmático dos vasos sanguíneos no tecido das pernas, causando inchaço. Ele é identificado por meio de um aumento de volume de uma ou das duas pernas, total ou parcialmente.
Um edema dos membros inferiores pode ser mole ou duro, vermelho ou branco, podendo afetar as duas pernas de maneira homogênea em alguns casos.
Basicamente, divide-se o edema dos membros inferiores em mole ou duro. O mole é facilmente depressível e possui tecido infiltrado de água. Já o edema duro gera maior resistência quando é pressionado com os dedos, e é causado por questões fibroblásticas, gerando surtos inflamatórios repetidos.
Pode ser, ainda, que o edema dos membros inferiores seja elástico ou inelástico. O primeiro caso ocorre quando há o retorno imediato do aspecto da pele quando houver pressão. No segundo o caso, a depressão leva mais tempo para sumir da pele.
Falamos de edemas dos membros inferiores vermelhos ou brancos para fazer referência à irrigação de sangue. A primeira condição, quando há vermelhidão, indica um processo inflamatório, ao passo que o aspecto branco - ou pálido - aponta para edemas com distúrbios de circulação sanguínea.
Quando ambas as pernas são afetadas pelo edema dos membros inferiores, as possíveis causas podem ser insuficiência cardíaca, hepática, venosa ou renal, além de problemas da tireoide ou medicamentos. Se o problema afeta apenas uma perna, uma obstrução na circulação linfática ou venosa é suspeitada, porém, existe, ainda, o risco de uma infecção ou até um problema nervoso.
Em geral, o paciente com edema dos membros inferiores constata um inchaço em uma ou ambas as pernas, podendo atingir parte ou a totalidade do membro. O edema pode se instalar rapidamente ou progressivamente, podendo ser doloroso e acompanhado de formigamentos, rigidez e ulceração da pele.
Um dos indícios do edema é quando, diante de uma pressão feita com um ou mais dedos, forma-se uma depressão no local, que demora para retomar seu formato original.
Primeiramente, o médico especialista investigará o histórico do paciente para entender as possíveis causas do inchaço nas pernas. Depois, avaliará se o edema atinge um ou mais membros, se é doloroso, mole ou endurecido, bem como se há inflamação.
Para complementar esse diagnóstico podem ser solicitados exames como de sangue, que avalia as funções hepáticas, renais, cardíacas, os marcadores de infecções e os hormônios; exame de urina, imagens de pulmões, coração e abdômen, bem como eco-doppler dos membros inferiores para confirmar ou descartar a possibilidade de trombose.
O tratamento desse tipo de edema depende da gravidade do caso. Há situações que pedem apenas o uso de uma meia de compressão, porém existem condições que exigem intervenção cirúrgica.
No caso flebite, ou seja, quando há coágulos nos membros inferiores, anticoagulantes são prescritos. Edemas de origem renal ou cardíaca pedem tratamentos diuréticos para favorecer a eliminação de água excedente. Às vezes, o consumo de albumina pode completar essa prescrição.
Algumas das medidas recomendadas para evitar o edema dos membros inferiores é comer pouco sal, não fumar, evitar a ingestão de álcool, fazer atividades físicas todos os dias, por, pelo menos, 30 minutos, evitar ficar de pé ou sentado por longos períodos e dormir com as pernas elevadas.
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