A vacina BCG é indicada para prevenir a tuberculose. Criada em 1920, em Paris, na França, seu nome significa bacilo de Calmette e Guérin (BCG), em homenagem aos cientistas que desenvolveram a imunização, hoje usada em todo o mundo.
A vacina BCG utiliza bactérias causadoras da tuberculose em suas formas atenuadas. Apesar de não provocarem a doença, a inoculação desses patógenos na corrente sanguínea estimula a produção de anticorpos, o que garante imunidade a essas bactérias em caso de infecção. Fala-se, nestes casos, em imunização ativa.
Sua maior eficácia é contra as formas graves da tuberculose (tuberculose do sistema nervoso, pulmonar disseminada, óssea). Já contra suas formas simples não há proteção de 100%. Ela protege, principalmente, contra a disseminação sanguínea, que gera as formas mais graves da doença.
A BCG é aplicada por via intradérmica no braço direito. Nos dias seguintes à vacinação ocorre um pequeno inchaço no local, que desaparece após alguns dias. Essa vacina deixa uma 'marquinha' na área que recebeu a vacina que acompanhará a pessoa por toda a vida.
A vacina BCG deve ser aplicada o quanto antes, de preferência nos primeiros meses de vida do bebê. Atualmente, esta vacina faz parte do Calendário Nacional de Vacinação e pode ser encontrada gratuitamente em qualquer unidade básica de saúde.
A BCG não costuma provocar reações adversas graves. Geralmente, a única reação percebida é o aparecimento de febre ou inchaço no local da vacina.
A cicatriz deixada pela vacina BCG é seu traço mais característico e muito já se falou a respeito desta marca. Ela se desenvolve pois, ao primeiro sinal da presença das bactérias, o sistema imunológico ataca os patógenos, provocando uma inflamação do local. Ao longo do tempo, esse nódulo evoluirá para uma pústula, depois uma ferida até a cicatrização, deixando a marca bastante conhecida.
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