De acordo com os dados mais recentes, 80% da população sexualmente ativa entra em contato com o Papilomavírus humano (HPV). Normalmente associado aos casos de câncer do colo do útero em mulheres, o vírus também pode afetar os homens. Veja quais as consequências da infecção por HIV entre eles.
Há mais de 40 tipos de HPV que podem ser transmitidos através do contato sexual. Estes vírus podem também infectar as áreas genitais de homens, incluindo a pele do pênis ou o ânus e as partes em torno dele. Além disso, boca e garganta também podem ser afetadas.
A maioria dos homens com HPV (de qualquer tipo) nunca desenvolvem sintomas ou problemas de saúde. Isto é, o vírus permanece latente, mas sem causar problemas. No entanto, alguns tipos podem provocar verrugas genitais. Outros, por sua vez, causam câncer de pênis, ânus e também de cabeça e pescoço.
Muitas vezes, quando a parceira é diagnosticada com HPV, o homem vai ao médico para saber se também sofre de algo. A grande maioria, sem mesmo apresentar lesões genitais, pergunta se há maneiras de detectar se estão infectados pelo vírus. Não há atualmente nenhum teste para detectar a presença do HPV sem sintomas. O vírus geralmente vai embora por conta própria, sem causar problemas. Em caso de aparecimento de lesões, verrugas e manchas brancas que apresentem ou não dor, é necessário consultar o médico. Dependendo do tratamento, uma infecção identificada pode sumir em um ou dois anos.
Existe uma vacina segura e eficaz contra o HPV para proteger os homens contra tipos de HPV que causam 90% das verrugas genitais. Ele está disponível para meninos e homens jovens com idade entre 9 e 26 anos. A imunização é feita em três doses, com intervalo de seis meses entre elas. A vacina se destina a impedir a ação de quatro tipos comuns de HPV, dois dos quais causam verrugas genitais e dois que causam câncer, e proteger contra novas infecções por HPV. Porém, ela não cura a doença ou sua causa. A vacina é mais eficaz quando administrada antes de começar a ter contato ou relação sexual.
A partir de 2017, o Ministério da Saúde determinou que meninos de 12 e 13 anos podem receber a vacina contra o HPV gratuitamente pelo Sistema Único de Saúde (SUS). Até 2020, o público-alvo da imunização será ampliado para comportar as idades de 9 a 13 anos. O objetivo, assim como o implementado entre as meninas alguns anos antes, é garantir que o jovem esteja livre da infecção pelo Papilomavírus antes mesmo de iniciarem sua vida sexual. A aplicação é feita em duas doses.
Principalmente os homens que ainda não tiveram relações sexuais e, em menor grau, também aqueles jovens sexualmente ativos. Homens que fazem sexo com outros homens são outro grupo que precisa tomar a vacina.
A vacina contra o HPV é muito segura e eficaz. Ela não provoca efeitos colaterais graves, além de uma dor no braço onde foi aplicada.
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