ASCUS é um termo médico utilizado para indicar uma alteração nas células coletadas pelo exame Papanicolau.
Papanicolau é um exame ginecológico de prevenção que permite detectar uma suspeita de câncer de colo de útero. Trata-se de um procedimento simples e indolor que consiste em coletar uma amostra de células do útero, que é, em seguida, enviada para análise.
Ao receber os resultados do exame, a mulher pode encontrar o acrônimo ASCUS (ou ASC-US) que significa Atypical Squamous Cells of Undetermined Significance (Células Escamosas Atípicas de Significado Indeterminado, em português). Esse termo indica uma alteração nas células coletadas, mas não é motivo de preocupação. Pode-se tratar de uma alteração benigna que desaparece sozinha ou, então, de alterações pré-malignas.
O ASCUS indica uma eventual modificação das células, mas não permite nenhum diagnóstico definitivo. Neste caso é indicado, portanto, refazer o Papanicolau após 6 ou 12 meses, para verificar se a alteração desapareceu, ou fazer outro exame para determinar se o vírus HPV está presente no organismo. Cabe ao médico ginecologista determinar o procedimento adequado para cada caso.
Se o teste para HPV der positivo, há maior risco de se tratar de células pré-cancerígenas. Porém, só é possível diagnosticar um câncer de colo de útero após a realização de outros exames, como colposcopia com biópsia e exames de imagem (ressonância magnética e ultrassom, por exemplo).
Se, ao contrário, um teste para HPV der negativo, não há motivo para preocupação e deve-se seguir com a rotina normal de acompanhamento ginecológico: um exame preventivo a cada três anos.
Os casos de ASCUS apresentam regressão natural das células alteradas em mais de 50% das mulheres, em média. 20% apresentam persistência dessa alteração, mas menos de 10% dos casos evoluem para uma lesão pré-cancerígena.
Um câncer de útero é normalmente assintomático, ou seja, não apresenta sintomas. Essa é a razão pela qual o acompanhamento por exame preventivo é fundamental. Raramente, entretanto, alguns sinais clínicos podem ser constatados e devem levar a mulher a consultar o médico ou ginecologista. Todo sangramento fora das menstruações ou depois da menopausa, ou toda perda anormal de sangue deve ser motivo de uma consulta.
A prevenção do câncer de útero é feita através da realização do exame Papanicolau a cada três anos. É igualmente primordial evitar os fatores de risco, como relações sexuais sem proteção e o tabagismo. O uso de um preservativo limita os riscos de contaminação, mas não os elimina totalmente. Por fim, a vacina contra o HPV é fortemente aconselhada para jovens de 14 a 23 anos no início da sua vida sexual.
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