Quando a febre se torna perigosa

Quando a alta da temperatura corporal provoca falta de ar, alterações nos sinais vitais e alucinações, o paciente deve procurar um médico com urgência. A febre é comum na infância e na vida de qualquer pessoa. No entanto, controlar a temperatura do corpo é crucial, sobretudo em idosos com doenças crônicas e crianças. Antes de tudo, é preciso saber medir a temperatura corporal de forma correta e identificar quando ela compromete a saúde e exige uma ida ao médico. O nível básico de medida são 40°C. A partir desse nível, a febre já é considerada perigosa. Porém, há outros fatores de risco, como a persistência do quadro febril.

Causas da febre alta

Ter febre é um sinal claro de que algo não está funcionando bem em nosso organismo. A elevação da temperatura corporal se origina como uma resposta do corpo a uma agressão externa, em geral uma infecção viral ou bacteriana. Também pode ter outras causas, como doenças autoimunes, metabólicas, câncer e reação a certos medicamentos. Uma região do cérebro, o hipotálamo, é encarregada de regular a temperatura corporal. Quando ele detecta uma agressão, responde com a febre.

Temperatura normal do corpo

A temperatura normal do corpo se situa entre 36°C e 37°C. No entanto, ela varia ao longo do dia, obedecendo ao ritmo circadiano. O organismo alcança seu valor mínimo de temperatura por volta das 6h e seu valor máximo à tarde, entre 16h e 18h. Em situações como a gravidez ou a menstruação, a temperatura também se eleva de maneira natural.

Perigos da febre alta

Considera-se, via de regra, que temperaturas acima dos 40°C são muito altas e perigosas. Nesse caso, é fundamental a consulta ao médico ou ida ao pronto-socorro. Além disso, uma febre persistente, ainda que abaixo dos 40°C, também merece receber atenção profissional. Idosos com doenças crônicas e crianças são mais frágeis e necessitam cuidados maiores.

Sintomas da febre alta

A febre pode se desenvolver acompanhada de calafrios, dores musculares e articulares, sudorese excessiva, fadiga, falta de apetite, sonolência, tosse, falta de ar, diarreias, lesões cutâneas, entre muitos outros sintomas. Independentemente da causa do problema, ela se converte em perigo à saúde quando se associa a alterações dos sinais vitais, do nível de consciência e com a ocorrência de sangramentos em zonas pouco habituais.

Idosos com doenças crônicas

A febre é mais perigosa e até mortal em pacientes idosos com doenças crônicas respiratórias, cardíacas e neurológicas. Essas enfermidades, associadas à medicação tomada para tratamento e quadros depressivos, contribuem para que idosos sejam mais frágeis. Entre a terceira idade, pequenos aumentos da temperatura têm grande repercussão no estado geral de saúde.

Tratamento da febre alta

Há grandes discrepâncias no tratamento da febre em função da idade do paciente. Entre as crianças, por exemplo, a febre não provoca grandes transtornos se seu aumento é controlado. O maior risco para crianças com febre alta e persistente são as convulsões febris. Hospitalizações por febre só ocorrem quando a temperatura ultrapassa os 40°C e não baixa com o uso de antitérmicos. Também é possível controlar a febre com a aplicação de compressas na testa, axilas e peito. A decisão sobre qual medicamento tomar deve ser feita com auxílio de um profissional.

Como medir a temperatura

Quando uma pessoa aparenta estar com febre alta, é necessário medir sua temperatura corporal ao menos três vezes ao dia: de manhã, no final da tarde e antes de deitar. A medição da temperatura é mais confiável quando feita nas axilas. Para bebês, o mais correto é a medição retal. Se o paciente optar pela medição da temperatura na boca deve saber que aquele termômetro não pode mais ser compartilhado.

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