Todos os anos, milhares de novos casos de infecções pelo HIV, vírus da Aids, são confirmados no Brasil. Boa parte é descoberta apenas quando a doença já está em fase avançada. Para facilitar o diagnóstico, o Sistema Único de Saúde (SUS) disponibiliza o teste rápido de HIV.
Similar ao teste caseiro de gravidez, o teste rápido do vírus HIV pode ser feito em casa e ocorre por meio da coleta de fluidos orais retirados da gengiva e da mucosa da bochecha. É necessário que o paciente fique 30 minutos sem comer, beber, fumar ou escovar os dentes antes de realizar o exame. Cerca de meia hora após a coleta, aparecerão linhas vermelhas na haste coletora. Duas linhas indicam um resultado positivo.
O teste pode ser realizado por qualquer um, inclusive menores de idade. No entanto, o Ministério da Saúde recomenda a realização do teste rápido para os grupos de risco da doença: homens que fazem sexo com outros homens, homossexuais, transexuais, travestis, profissionais do sexo, usuários de drogas injetáveis, presidiários e moradores de rua.
Após uma relação sexual desprotegida, é fundamental realizar o teste rápido de HIV o mais cedo possível, pois um diagnóstico precoce da infecção eleva de maneira significativa as chances de supressão da carga viral e pode garantir uma vida normal para o paciente.
O teste rápido de HIV é disponibilizado gratuitamente pelo SUS em todos os postos de saúde do país. Em alguns hospitais públicos e instituições privadas também ofertam o teste.
O teste rápido de HIV é capaz de diagnosticar apenas a infecção pelo vírus da Aids. Outras doenças sexualmente transmissíveis (DSTs), como sífilis, herpes genital e gonorreia, não podem ser identificadas por este exame caseiro.
Caso o resultado do teste rápido de HIV der positivo, ele ainda precisa de confirmação através de exame de sangue mais elaborado, realizado no serviço de saúde. Portanto, procure um médico imediatamente se o resultado der positivo.
Após uma relação sexual desprotegida, é possível que o vírus HIV passe três meses sem ser percebido pelo teste rápido, levando a um falso negativo no exame. Nos exames de sangue feitos no sistema de saúde, o risco de falso negativo se dá apenas nas primeiras seis semanas.
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