Em alguns casos, a ejaculação - durante uma relação sexual ou na masturbação - pode provocar dor e incômodo. Esse quadro pode ser indicativo de uma série de condições, desde as mais leves a situações que exigem tratamento.
A ejaculação é a ejeção do esperma em resposta a uma contração das vesículas seminais após excitação. Às vezes, uma ejaculação é dolorosa e é sinal, na maioria dos casos, de inflamação das vias genitais. Pode se tratar, portanto, de uretrite (inflamação da uretra), estreitamento da uretra, prostatite (inflamação da próstata), orqui-epididimite (inflamação aguda ou crônica do testículo e do epidídimo). Nos casos menos frequentes, ela se dá por causas psicológicas.
Os sintomas principais são queimação no momento da ejaculação, queimações na parte baixa do abdômen e dores nos testículos. A intensidade da dor varia de um paciente para o outro e pode persistir após a ejaculação. Não é possível, no entanto, fazer associação entre a intensidade da dor e a gravidade do problema.
As dores causadas pela ejaculação, com ou sem relação sexual, são geralmente ligadas a uma infecção do aparelho genital e um exame urológico ou de toque retal auxiliam a definir a origem da infecção. Um exame bacteriológico da urina, completado por ultrassom do aparelho genital, também é desejável. O médico poderá assim determinar anomalias orgânicas e causas infecciosas. A dosagem do PSA é indispensável caso haja suspeita de prostatite.
Existem tratamentos para todas as causas de ejaculação dolorosa. Quando se trata de infecção, o médico prescreverá tratamento antibiótico. Quando se trata de estreitamento da uretra, a solução é cirúrgica. Se a causa for psicológica, o paciente deverá realizar acompanhamento com um psicoterapeuta.
Apenas as causas infecciosas podem ser prevenidas. Uma medida muito importante é utilizar preservativo em todas as relações sexuais.
Foto: © sharptoyou - Shutterstock.com