O desejo sexual, também chamado de libido, é uma sensação muito individual. O desejo depende de uma série de fatores, como seus valores culturais, experiências anteriores, estado físico e psicológico, entre outros. Ao longo do tempo, a falta de desejo pode resultar numa total perda do interesse por sexo. Quando os dois parceiros se sentem desta maneira, isso pode desencadear problemas de comunicação, falta de autoconfiança e, por fim, a separação do casal.
É bastante comum mulheres revelarem a um especialista que não sentem nenhum desejo por sexo. Porém, a perda de libido é sempre um evento transitório - ainda que tenha razões fisiológicas ou patológicas - e pode ser revertida quando se está aberta para estudar seus sentimentos. Também deve-se destacar que é possível estar sexualmente atraída por uma pessoa sem de fato fazer sexo com ela.
Em alguns casos, é muito fácil enterrar sua cabeça na areia e acreditar que a intimidade com o parceiro vai voltar com o tempo. No entanto, ignorar a existência de um problema sempre atrasa e piora a situação, deixando mais difícil que as coisas se ajustem. Rotineiramente, um ou ambos os parceiros possuem diferentes expectativas quanto ao sexo e isso pode não ficar claro na relação. Por isso, é essencial conversar com o parceiro e tentar ser aberta e honesta.
Quanto mais estressante é o nosso estilo de vida e mais trabalho temos, menos encontramos tempo para dedicar ao parceiro. Além de reduzir a libido, isso pode ter um efeito devastador na relação do casal.
O estresse não apenas retira tempo de convivência, mas também afeta seu humor e bem-estar, reduzindo seu desejo e também o do parceiro, mesmo que ele não tenha tantos problemas quanto você. A longo prazo, quadros de estresse minam não só a libido, mas a relação amorosa de maneira geral.
A paixão e a espontaneidade do casal inevitavelmente caem ao longo do tempo em uma relação. Fazer sexo no mesmo lugar e da mesma maneira durante anos pode se tornar entediante e reduzir o apetite sexual. Isso leva os dois lados da relação a se sentirem sexualmente frustrados.
Existem inúmeros distúrbios que estão relacionados à queda do apetite sexual, indo da depressão a disfunção erétil, entre outros. Portanto, se você não determinar a causa da perda de libido ou imaginar o que pode estar provocando o problema, discuta essas questões com seu ginecologista.
O parceiro é a parte mais interessada no problema. Ao notar sua perda de desejo, ele se angustia, fica em dúvida e imagina que você não está mais com vontade dele. Para solucionar isso, você não deve se forçar a ter relações sexuais. Essa atitude, aliás, põe em risco o futuro do casal ao agravar o problema. O recomendado é conversar abertamente com ele sobre o que você está sentindo, exprimir suas próprias dúvidas e angústias e deixar que o outro também fale.
Não hesite em procurar o seu médico, seja o ginecologista ou outro especialista, para tratar desse assunto. No consultório, o sigilo é absoluto e o simples fato de colocar para fora suas emoções já poderá trazer alívio e melhora. Além disso, o profissional será capaz de eliminar as causas médicas da perda de libido.
Conversar com outras pessoas que estão passando por uma situação semelhante e com aquelas que venceram o problema pode evitar que você se sinta isolada e trazer inspiração. Lembre-se: milhões de pessoas em todo o mundo estão passando por esse mesmo problema agora e escondê-lo não vai resolver nada.
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