Nesse artigo, o CCM Saúde responde às principais dúvidas sobre a vasectomia, procedimento cirúrgico de esterilização em homens.
A vasectomia, também chamada de deferentectomia, é uma cirurgia para tornar o homem estéril. Ela é considerada um dos métodos contraceptivos mais eficazes que existem, mas sua realização só deve ocorrer em homens que estejam muito seguros de que não desejam ter filhos já que a vasectomia é praticamente irreversível.
O Conselho Federal de Medicina (CFM) estabelece a idade mínima de 25 anos ou que o homem já tenha dois filhos para realizar o procedimento. Além disso, o órgão exige que a cirurgia só seja realizada no mínimo 60 dias após o paciente manifestar a vontade de realizar a vasectomia ao seu médico.
O procedimento é feito sob anestesia local e promove o corte dos canais deferentes, o que impede a passagem dos espermatozoides, tornando o esperma livre dos gametas. A operação não exige internação do paciente e a taxa de sucesso da cirurgia está acima dos 99%.
A vasectomia é uma cirurgia muito simples e, por isso, não exige muita preparação. O paciente não precisa, por exemplo, estar em jejum. Também não há indicação de abstinência de álcool ou adoção de uma dieta específica nos dias que antecedem a operação. O principal cuidado a ser tomado é a depilação da região genital, coxas e abdômen.
A vasectomia é considerado um método contraceptivo de alta eficácia, mas em cerca de 2% dos casos ocorre vazamento de espermatozoides. Por isso, todo paciente que passou por uma vasectomia deve realizar um espermograma para confirmar o sucesso integral do procedimento. Sendo assim, indica-se o uso de outro método contraceptivo durante os dois meses seguintes à cirurgia.
A vasectomia pode ser revertida com uma nova operação. No entanto, a reconstituição dos canais deferentes é um procedimento muito mais complexo do que seu corte e exige um cirurgião experiente. Além disso, o tempo entre as cirurgias é o fator determinante para o sucesso da reversão. Quanto mais tempo passar, menores as chances da vasectomia ser revertida. Em geral, homens vasectomizados há 10 anos ou mais não são aconselhados a tentar a reversão.
Os riscos no pós-operatório de uma vasectomia são mínimos. Estudos científicos já comprovaram que não há aumento nos riscos de doenças na próstata entre homens que passaram pela cirurgia. Por fim, a vasectomia também não está ligada a quadros de impotência ou perda do desejo sexual.
Em média, uma vasectomia custa R$ 2 mil. Desde 2009, uma lei determina que os planos de saúde devam cobrir ações de planejamento familiar, entre elas a vasectomia.
Sim, a vasectomia é um dos muitos métodos contraceptivos disponíveis gratuitamente pelo Sistema Único de Saúde (SUS). Segundo dados do Ministério da Saúde, cerca de 35 mil cirurgias dessa natureza são realizadas anualmente.
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