A esterilização cirúrgica feminina, conhecida popularmente como ligadura de trompas, é a melhor opção para casais que já não desejam mais ter filhos. Este era um método irreversível, mas já foram desenvolvidas técnicas para recanalizar as trompas de Falópio.
Se a mulher deseja ter filhos depois de uma esterilização há duas alternativas: uma fertilização in vitro (FIV) ou a recanalização das trompas. Nessa segunda opção, é necessária uma intervenção cirúrgica para promover a repermeabilização das trompas de Falópio, que voltarão a permitir o encontro do óvulo com os espermatozoides.
Se, no momento em que a ligadura for feita, as trompas de Falópio ficarem com menos de 6 centímetros, as possibilidades de sucesso do procedimento são pequenas. No entanto, se elas forem maiores que isso, as chances da mulher tornar a engravidar são superiores a 80%. Em mulheres acima dos 40 anos, a taxa de sucesso cai para 40% e recomenda-se que ela faça um teste de reserva ovariana para descobrir quantos óvulos ainda restam nos ovários.
O comprimento das trompas de Falópio depois da ligadura é muito importante já que quanto maiores sejam as duas porções restantes em cada lado das trompas, maior é a porcentagem de sucesso da cirurgia e, por consequência, de se conseguir uma nova gravidez. O grande empecilho para uma nova gravidez, se as trompas tiverem menos de 6 centímetros, é que o processo de maturação do óvulo, que ocorre durante cerca de quatro dias dentro das trompas, não se dá de maneira completa e assim o embrião não está maduro o bastante para se implantar no útero.
A cirurgia para a recanalização das trompas de Falópio é feita via laparotomia, ou seja, abertura da cavidade abdominal. Em média, recomenda-se que o casal espere três semanas após a cirurgia para retomar as relações sexuais a fim de conseguir a gravidez.
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