Hiperfagia: o que é, causas e tratamento

O ato de comer em excesso por conta de algum evento estressante ou em quadros depressivos é considerado pela Organização Mundial da Saúde (OMS) como uma doença e recebe o nome de hiperfagia. Conheça mais sobre ela.

Definição de hiperfagia

A hiperfagia é a ingestão de grandes quantidades de alimentos. Ela se manifesta por uma vontade irresistível de comer sem real sensação de fome. As quantidades consumidas são grandes e, em geral, engolidas quase sem mastigar. A comida é absorvida continuamente. Esse quadro é um transtorno alimentar de origem psiquiátrica. Diferentemente da bulimia, a hiperfagia não é seguida de vômito e, portanto, o paciente tende a ganhar muitos quilos em um curto período de tempo.

Causas da hiperfagia

Ao contrário de outros transtornos alimentares, como anorexia e bulimia, a hiperfagia afeta igualmente mulheres e homens. Isto ocorre pois sua causa, na maior parte das vezes, é um quadro estressante ou depressivo enfrentado pelo paciente, tais como perda de um ente querido, desemprego, solidão, entre outros. Nestes casos, o paciente compensa as dificuldades por que passa com a ingestão excessiva de alimentos.

Sintomas da hiperfagia

A hiperfagia se manifesta através da ingestão contínua de alimentos diversos e variados, com preferência para os produtos mais calóricos. Além disso, o paciente apresenta estado extremo de nervosismo e importantes variações de humor. Por fim, ocorre, dependendo da duração da crise de hiperfagia, aumento de peso, desregulação de taxas sanguíneas como colesterol e triglicerídeos e elevação do risco de doenças associadas à obesidade, tais como hipertensão e diabetes.

Diagnóstico de hiperfagia

O diagnóstico de hiperfagia se faz fundamentalmente através do exame clínico do paciente e do relato dos sintomas. Alguns elementos na narrativa do paciente que fazem suspeitar de hiperfagia são consumo de comida em tempo muito reduzido, ganho de peso rápido, refeições solitárias e sensação de desgosto do paciente com suas atitudes. Em geral, a maneira encontrada pelo profissional de saúde para diferenciar a hiperfagia da bulimia é a ocorrência ou não de vômitos após as refeições.

Tratamento da hiperfagia

A hiperfagia se trata da mesma maneira que outros transtornos alimentares. Um acompanhamento médico é crucial e deve ser complementado por psicoterapia. Consultas com um psiquiatra podem ser indicadas nos casos em que o paciente estiver com quadro de depressão ou outras doenças correlatas.

Prevenção da hiperfagia

A prevenção da hiperfagia passa pela compreensão do problema por parte do paciente. Além disso, deve-se também aprender a gerir o estresse e os desejos incontroláveis de ingestão de alimentos. Isto só pode ser alcançado com visitas regulares a um psicólogo.

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