A obesidade é definida como a concentração elevada de gordura no organismo. Ela é medida pelo Índice de Massa Corporal (IMC), que deve ser calculado pela fórmula peso - expressa em quilogramas - dividido pela altura - expressa em metros - ao quadrado. A despeito de algumas exceções, um IMC entre 25 e 30 é considerado sobrepeso e maior que 30 representa obesidade.
De maneira geral, a principal causa da obesidade é o desequilíbrio entre calorias ingeridas e calorias queimadas pelo organismo, provocado normalmente por um dieta pouco saudável e falta de atividade física. No entanto, outros fatores podem influenciar neste quadro. Em primeiro lugar, há o aspecto genético. Há pessoas com taxas de metabolismo mais baixas que outras, o que dificulta o gasto calórico diário e, consequentemente, eleva os riscos de ganho de peso. Também há causas ambientais, como a convivência com quem têm hábitos alimentares ruins e a oferta de produtos industrializados em mercados e lanchonetes. Por fim, doenças como o hipotireoidismo, síndrome de Cushing e depressão são fatores de risco para obesidade.
Antes do paciente ser considerado obeso, ele alcança o patamar de sobrepeso, caracterizado no IMC por valores entre 25 e 30. Neste caso, o paciente ainda não é obeso, mas já pode apresentar sintomas da obesidade, tais como elevações na taxa glicêmica e no colesterol, fadiga excessiva após esforço físico, entre outros.
A obesidade é diagnosticada, de maneira geral, quando o IMC do paciente ultrapassa o valor de 30. Nestes casos, já é possível falar com maior probabilidade nos riscos de doenças como hipertensão arterial, diabetes tipo 2 e outras condições que tenham a obesidade como fator de risco.
É considerado que o paciente sofre de obesidade mórbida quando seu IMC é maior que 40. Neste estágio da obesidade, o paciente, além de todos os problemas associados à doença, passa a ter severas dificuldades de locomoção e as chances de volta ao peso normal por meio apenas de reeducação alimentar e exercícios físicos é reduzida. Sob indicação médica, estes pacientes podem realizar a cirurgia bariátrica para redução de estômago.
Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), a obesidade infantil é um dos problemas de saúde pública mais graves do século 21. A incidência da obesidade infantil mais que dobrou nos últimos 30 anos e, atualmente, uma em cada três crianças sofrem com a doença em todo o mundo. Além dos mesmos problemas ligados à obesidade de adultos, a obesidade infantil é ainda mais perigosa por se instalar num organismo ainda em formação.
A obesidade é uma das maiores causas de mortes evitáveis em todo o mundo e, por isso, já é considerada uma doença. Além disso, ela é fator de risco para muitas outras condições, tais como diabetes tipo 2, hipertensão arterial, doenças cardiovasculares, doença hepática não alcoólica e apneia do sono.
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