a hipertensão intracraniana, resumida sob a sigla HTIC, é uma patologia rara. Trata-se do aumento da pressão no interior do crânio. A caixa craniana é composta de 3 elementos: o tecido cerebral, o líquido cefalorraquidiano que banha esse tecido e os vasos sanguíneos que irrigam as células do tecido. A caixa craniana sendo inextensível pela sua estrutura óssea, se um desses três compartimentos vê seu volume aumento e os outros não diminuem os seus, a pressão aumenta. Assim, em caso de tumor cerebral, de hematoma secundário a um choque, de aumento da quantidade de líquido cefalorraquidiano ou durante uma trombose cerebral que impede o sangue de se evacuar, uma hipertensão intracraniana pode aparecer.
a hipertensão intracraniana se manifesta por:
para diagnosticar uma hipertensão intracraniana, é importante realizar um exame detalhado, às vezes clínico e sobretudo neuro radiológico. O scanner cerebral é o primeiro exame a ser realizado, que poderá ser seguido por um IRM cerebral, permitindo melhor visualizar as lesões, até uma angio-IRM cerebral para observar os seios venosos e uma eventual trombose cerebral. Um fundo de olho realizado por um oftalmologista é às vezes realizado.
a hipertensão intracraniana se trata em urgência em função do avanço clínico de sintomas e de resultados de exames complementares. Em caso de constituição rápida de sintomas, uma intervenção cirúrgica em urgência por uma derivação ventricular externa, permitirá diminuir a pressão exercida sobre as estruturas do cérebro, podendo ser responsável por lesões irreversíveis. Após essa derivação ou em outros casos menos inquietantes, a causa será tratada em prioridade e permitirá geralmente de fazer diminuir a pressão intracraniana. Em caso de tumor, uma biópsia pode ser feita para identificar e permitirá um tratamento adaptado. Em caso de trombose venosa cerebral, anticoagulantes serão dados.