Hipertensão arterial se refere ao aumento crônico da pressão arterial. A maioria das pessoas que apresenta hipertensão arterial não sabe da condição, já que a doença evolui de maneira gradual durante anos. A hipertensão é a doença cardiovascular mais comum do mundo e, em muitos países, é a principal causa de mortalidade.
A pressão arterial é a pressão exercida pelo sangue, bombeado pelo coração, contra as paredes das artérias. A pressão arterial é a força que permite que o sangue circule pelos vasos. Em caso de hipertensão, a pressão arterial está muito elevada e o coração acaba realizando mais esforço para bombear o sangue.
Na hipertensão arterial, os valores da pressão arterial são anormalmente elevados. A pressão arterial se decompõe em dois valores: pressão arterial sistólica (a máxima) e pressão arterial diastólica (a mínima). Assim, a pressão arterial é expressa em valores indicados em milímetros de mercúrio.
A pressão arterial sistólica, a mais alta, é o valor da pressão arterial durante a sístole cardíaca, ou seja, no momento da contração ventricular para bombeamento do sangue. O número superior de uma medição da pressão arterial corresponde à pressão arterial sistólica. Por exemplo, para uma pressão 12 por 8, a pressão sistólica equivale ao valor 12.
A pressão arterial diastólica, a mais baixa, é o valor da pressão arterial durante a diástole cardíaca, ou seja, no momento do relaxamento ventricular. É a pressão realizada entre duas contrações, quando o coração se relaxa e fica cheio de sangue. Para uma medição da pressão arterial 12 por 8, temos que a pressão sistólica equivale ao valor 8.
A pressão arterial é normal quando seu valor é inferior a 14 por 9 ou, em termos técnicos, 140 milímetros de mercúrio (mmHg) por 90 mmHg.
Uma redução da pressão arterial para valores abaixo de 90 mmHg de máxima caracteriza um quadro de hipotensão.
A pressão arterial sistólica não deve ultrapassar os 15 e a diastólica, 9. A hipertensão é definida quando os valores são superiores a 15 por 9.
A pressão arterial costuma ser mais elevada nos homens do que nas mulheres, especialmente as que estão na menopausa. Ela tende a aumentar com a idade, devido à elasticidade das artérias. Cerca de 70% dos hipertensos têm mais de 60 anos, ao passo que menos de 20% dos pacientes têm menos de 20 anos.
A pressão arterial aumenta em situações de estresse, para, depois, diminuir quando a pessoa se acalma. Em casos de gravidez, a pressão arterial diminui para, então, restabelecer-se com o nascimento da criança. Seus valores também diminuem em situações de repouso, ao passo que muito barulho pode aumentá-la. O consumo de açúcar ou bebidas que o contenham pode elevar a pressão arterial.
Sobrepeso e obesidade são, ainda, fatores de risco importantes, bem como uma alimentação rica em sal. Atividade física ou esportes podem aumentar os batimentos cardíacos, elevando, ainda, a pressão sanguínea. Durante o sono, a tensão diminui, ao passo que a hipertensão do jaleco branco corresponde a um aumento da pressão gerado pelo estresse de uma consulta médica.
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