O hipotireoidismo é uma disfunção da tireoide, glândula que secreta os hormônios T3 e T4. A tireoide está situada no pescoço antes da parte inicial da traqueia. O hipotireoidismo é o contrário do hipertireoidismo, e é consequência de uma baixa produção de hormônios pela glândula tireoide. Essa patologia afeta sobretudo as mulheres a partir dos 50 anos. Ela pode ser causada por uma carência de iodo, elemento necessário para a fabricação de hormônios da tireoide.
Os sintomas do hipotireoidismo são consequência da desaceleração de diversas funções do organismo. Os sintomas característicos da doença são fadiga excessiva, sonolência, perda de tônus muscular, perdas de memória, dificuldades de concentração, depressão, redução do ritmo cardíaco, constipação, inchaço e pele seca. Também podem ocorrer quedas de cabelo e unhas quebradiças, ganho de peso apesar da alimentação normal e câimbras. Entre as mulheres, constata-se interrupção da menstruação e perda de libido.
Para detectar hipotireoidismo, o médico fará exames que avaliam o funcionamento da glândula da tireoide. O exame inicial em caso de suspeita é a dosagem de TSH, hormônio estimulador da tireoide. Não se dosa diretamente os hormônios da tireoide pois a variação de TSH é mais rápida e mais reveladora do estado tireoidiano.
Em caso de dúvida, serão então medidos os hormônios tireoidianos. Uma vez diagnosticado o fato, um exame de sangue pode ser feito para procurar complicações da doença, principalmente cardíacas.
O hipotireoidismo é uma doença que não tem cura, mas que pode ser controlada com o uso de hormônios de substituição para restabelecer a normalidade do metabolismo. O hormônio de síntese mais prescrito é a levotiroxina. Um acompanhamento médico é igualmente necessário.
Fora o teste para descartar a doença nos recém-nascidos feito ainda na maternidade, a prevenção do hipotireoidismo passa por um consumo de iodo suficiente: o sal alimentar é uma fonte de iodo. Outras causas de hipotireoidismo não são acessíveis à prevenção.