A insuficiência renal aguda (IRA) se define como uma baixa importante e súbita do débito de filtração glomerular, valor que permite avaliar o funcionamento dos rins. O débito de filtração é calculado a partir da creatininemia, taxa sanguínea de creatina, uma proteína eliminada normalmente pelo rim.
Ele é estimado em mililitros por minuto e depende entre outros do sexo e idade do paciente. Falamos de insuficiência renal aguda quando esse fluxo diminui brutalmente.
Distinguimos três tipos de IRA de acordo com o mecanismo em causa. A origem pode estar situada no nível do rim e ser a consequência de uma patologia chamada de nefropatia: é o caso principalmente de uma parada brutal do fluxo sanguíneo ao rim, responsável por uma necrose (morte celular) e portanto uma parada de funcionamento.
As causas podem também vir de uma obstrução brutal nas vias de escoamento das ruinas que é o caso dos cálculos nos dois rins, ou quando apenas um rim é funcional. Por fim, em caso de baixa da circulação sanguínea filtrada pelos rins que é o caso essencialmente em caso de desidratação, uma IRA funcional aparece. Uma IRA pode ser consequência de diversas causas.
Os sinais clínicos de insuficiência renal aguda são diferentes. Se a causa é obstrutiva, afeta o rim ela mesmo ou sua baixa de perfusão. Os IRA funcionais surgem geralmente em caso de desidratação, da onde vem a presença de sintomas de desidratação como a baixa da pressão arterial, uma taquicardia.
Elas são igualmente possíveis em casos de diminuição do volume de sangue circulando, como em algumas cirroses evoluídas ou insuficiências cardíacas crônicas, da onde vêm à presença de sinais em relação a essas patologias. Os IRA obstrutivos se manifestam geralmente pela presença de dores abdominais ou lombares, a ausência de emissão de urinas, do sangue nas urinas. Por fim, os sinais em caso de patologia afetam o tecido renal propriamente dito são muito variáveis.
A descoberta de uma insuficiência renal aguda obstrutiva será feita pela clínica e confirmada por um ultrassom renal que mostrará uma dilatação das cavidades dos rins, chamadas de cavidades pielocaliciais.
Às vezes, uma radiografia do abdômen (ASP) ou um scanner serão necessários. Para os dois outros tipos, um exame de sangue colocará em evidência um aumento importante da taxa de creatinina sanguínea com uma diminuição do débito de filtração glomerular. A procura da causa será feita pela realização de um ultrassom renal, uma análise de urina e eventualmente uma biopsia renal em caso de necessidade para o diagnóstico de uma nefropatia.
O tratamento também dependerá do mecanismo da causa. Em caso de insuficiência renal e obstrutiva, uma derivação das urinas deverá ser realizada em urgência por diversos métodos em função da localização do bloqueio. Em caso de IRA funcional por desidratação, uma reidratação adaptada é necessária. O tratamento da nefropatia ou da doença crônica causada permitirá quanto a ela uma reversibilidade do IRA.