Leishmaniose

As leishmanioses são doenças parasitárias encontradas no homem e outros mamíferos. Elas são causadas pela presença de protozoários, organismos compostos de uma única célula, contraídos pelo indivíduo após a picada de algumas espécies de insetos, os flebotomas. Os protozoários encontrados nas leishmanioses fazem parte da espécie Leishmania. A doença está presente atualmente em quase 90 países do mundo. No homem, existem diversas formas, principalmente a forma cutânea e visceral, chamada de calazar, que afeta outros órgãos, principalmente fígado, baço, medula óssea e gânglios.

Sintomas da leishmanoise

A leishmaniose é uma doença de evolução lenta. Os sinais clínicos variam de acordo com a doença. Na leishmaniose cutânea, há um período de incubação assintomática que precede a aparição das lesões ulcerosas, cravadas na pele. Essas lesões se curam geralmente após alguns meses. Elas podem enquanto isso deixar cicatrizes visíveis.

Na leishmaniose visceral, após um período sem sintomas de duração muito variável, as manifestações clínicas aparecem com uma primeira fase onde a febre se eleva progressivamente, baço e fígado aumentam de volume e sinais de anemia se instalam (diminuição da taxa de glóbulos vermelhos ou hemoglobina) com palidez, fadiga e aumento da frequência cardíaca. Gânglios de volume aumentado são igualmente encontrados. Na ausência do tratamento, essa forma pode evoluir para diversas infecções e a morte.

Diagnóstico da leishmaniose

Para confirmar a presença de uma leishmaniose, um exame de sangue com sorologia que coloca em evidência anticorpos característicos desta infecção é possível nas duas formas. Na forma cutânea, amostras das lesões podem ser analisadas para encontrar o parasita.

Tratamento da leishmaniose

O tratamento da leishmaniose se baseia na administração de alguns medicamentos, entre os quais os derivados do antimônio pentavalente ou DPA. Outras moléculas são igualmente utilizadas em função da forma e da intensidade dos sintomas.

Prevenção da leishmaniose

Para evitar a doença, é necessário se proteger das picadas dos mosquitos vetores. A instalação de mosquiteiras, o uso de roupas cobrindo o conjunto do corpo e a utilização de repelentes são recomendados nas regiões onde a doença é endêmica. Ainda não existem vacinas para imunização contra a leishmaniose.

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