Definição
As leucemias agudas afetam as crianças na maioria dos casos, mesmo se os adultos também podem ser afetados. Elas afetam a produção de glóbulos brancos que são imaturos, ou seja, não atingiram ainda o seu desenvolvimento normal. As células imaturas, chamadas de blastos, vão proliferar de maneira anárquica na medula óssea, impedindo a produção correta de outras células emitidas da medula óssea. Elas vão secundariamente invadir o sangue. Na grande maioria dos casos, nenhuma outra causa é encontrada, mas a leucemia é mais comumente observada em ligação com outras patologias da medula ou no quadro da exposição a substâncias tóxicas ou medicamentos.
Manifestações
a leucemia aguda se caracteriza por um aumento rápido das células blásticas na medula óssea. Os sintomas aparecem também rapidamente, e alguns são secundários à deficiência em componentes normais do sangue:
- Fadiga e palidez causadas pela anemia, diminuição dos glóbulos vermelhos;
- Hemorragias consecutivas à trombopenia, diminuição das plaquetas;
- Exposição às infecções causadas pela leucopenia, diminuição dos glóbulos brancos.
Outros sinais são frequentemente presentes:
- Febre;
- Aumento do tamanho dos gânglios, chamados de adenopatia ou adenomegalia, e do baço, chamado esplenomegalia;
- Lesões cutâneas.
Diagnóstico
o diagnóstico se baseia sobre a prática de diversos exames:
- Exame de sangue com hemograma (ou numeração fórmula sanguínea, NFS), mostrando uma leucopenia, uma anemia, uma trombopenia;
- Raspagem sanguínea mostrando um número anormalmente elevado de blastos;
- O mielograma, punção da medula óssea, confirma o diagnóstico encontrando a presença de diversas células imaturas;
- Outros exames mais potentes permitem caracterizar mais precisamente o tipo de leucemia, e servem essencialmente para a adaptação do tratamento.
Tratamento
o tratamento requer uma hospitalização. Ele se efetua em diversas fases:
- Hospitalização em câmara estéril com regras de higiene rígidas;
- Quimioterapia inicialmente, associação de diversos tratamentos médicos tendo como objetivo eliminar as células proliferativas. O paciente não possui mais defesas imunológicas, da onde o interesse de isolamentos estéril, pois ele é muito sensível a qualquer infecção. Essa fase dura em média um mês.
- Depois, na saída do hospital, quimioterapias são realizadas, porém em menores doses. A cura pode ás vezes ser obtida.
- No caso contrário, novas sessões de quimioterapias em câmera estéril são realizadas, e as células-tronco hematopoiéticas, que são células de uma medula normal, são enxertadas.
O transplante de medula é uma operação delicada. O risco de rejeição existe apesar da baixa de defesas imunológicas da doença.