A nova tendência no ramo dos tratamentos estéticos é a criolipólise. Desenvolvida por pesquisadores da Universidade de Harvard, nos Estados Unidos, a técnica promete acabar com a gordura localizada através do congelamento das células de gordura que serão desintegradas e, nos dois ou três meses seguintes ao procedimento, metabolizadas pelo fígado.
Técnica não cirúrgica, a criolipólise tem ganhado adeptas entre as mulheres que desejam derrotar a gordura localizada sem passar pelos fatores negativos da lipoaspiração. Neste método, um aparelho é acoplado à região desejada pelo paciente. Na sequência, ele suga a área indicada e expõe a parte do corpo a uma temperatura de -7ºC.
A baixa temperatura congela as células de gordura e as desintegra. Já cristalizadas, os adipócitos são levados ao fígado onde serão metabolizados por até três meses. Segundo especialistas, as células de gordura, por serem mais sensíveis ao frio, são as únicas afetadas pela criolipólise, que deixa intactos músculos, nervos e outras células.
Por ser um tratamento novo e ainda caro - cada sessão pode custar entre R$ 1.000 e R$ 1.300, a criolipólise ainda não pode ser feita em muitas regiões do corpo. Os aparelhos atuais só conseguem agir sobre a barriga, as laterais do tronco, costas e pernas. Áreas menores e mais sensíveis, como o rosto, não são atendidas pelo método.
Uma sessão de criolipólise, que trata uma área de 20 por 20 centímetros, dura cerca de uma hora. É possível realizar sessões em diferentes partes do corpo em um mesmo dia, mas para uma mesma região recomenda-se um intervalo de 60 a 90 dias para não sobrecarregar a área e dar tempo ao organismo de eliminar toda a gordura do local.
Não é necessário fazer jejum ou repousar antes ou depois de uma sessão de criolipólise. Por não ser um procedimento cirúrgico, a criolipólise também não exige internação e o paciente pode até mesmo trabalhar e realizar exercícios físicos no mesmo dia do procedimento.
Há casos de mulheres que passaram pelo procedimento e ficaram com manchas vermelhas e queimaduras na pele. Isso acontece por conta da baixa qualidade dos aparelhos utilizados e inexperiência do profissional. Por isso, procure sempre uma clínica de estética conceituada, informe-se sobre o currículo do profissional que fará o procedimento, não acredite em clínicas que cobram muito barato e averigue na clínica sobre o registro do equipamento na Vigilância Sanitária. Assim, você reduz bastante o risco de lesão pela criolipólise.
Algumas pessoas não podem realizar criolipólise. São elas: operados há menos de seis meses, portadores de diabetes descompensada, neuropatia periférica, doenças cardiovasculares e doenças que alteram o fator de coagulação, como hemofilia e trombocitopenia. Gestantes e pessoas com alta sensibilidade ao frio, assim como quem apresenta pequenas porções de gordura, também não devem passar pelo procedimento.
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