A tênia, também conhecida como verme solitário, é um parasita, um verme que coloniza o intestino delgado. Entre as tênias, duas têm o homem como hospedeiro: a Taenia solium, transmitida principalmente pela carne de porco, e a Taenia saginata. Essa última é ingerida na carne e, depois, vai se localizar nos músculos.
A contaminação do homem se faz pelo consumo de carne infestada crua ou pouco cozida. Uma tênia adulta possui corpo em forma de fita, comportando de 500 a 2 mil anéis e cabeça munida de garras que se fixam à parede do intestino do indivíduo parasitado. Ela pode atingir comprimento de até 10 metros. Os anéis da tênia saginata podem estar localizados no ânus, onde eles morrem, permitindo a liberação de ovos resistentes ao meio exterior. É a descoberta desses anéis que permite geralmente o diagnóstico.
A tênia saginata não é geralmente responsável por nenhum sinal clínico. De qualquer forma, ela pode causar problemas digestivos com náuseas e diarreias, câimbras musculares, perda de peso ou peso estável apesar de uma alimentação normal ou até exagerada, sinais alérgicos como uma urticária e presença de anéis brancos nas fezes ou roupas íntimas.
O diagnóstico da tênia saginata consiste na descoberta de anéis nas roupas íntimas ou fezes do paciente. O médico coloca uma espécie de fita adesiva no ânus do paciente e os anéis vão aderir e ser identificados. Um exame de sangue também pode mostrar aumento da taxa de um tipo de glóbulos brancos: os eosinófilos.
O tratamento para combater a tênia saginata é feito com um medicamentoso e se faz à base de uma molécula chamada praziquantel, em uma única dose. Outra molécula, a niclosamida, é utilizada.
A prevenção da tênia saginata é simples e se baseia no bom cozimento da carne de boi. Além disso, os controles veterinários em abatedouros permitem reduzir os riscos de infecção.
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