A desidratação é uma condição geralmente associada ao calor. Porém, outras causas podem provocar um quadro de desidratação, como diarreia, vômitos e febre. Em geral, crianças e idosos são os grupos em maior risco de sofrer de desidratação e com o prognóstico mais complicado. Existem três graus de desidratação: leve, moderada e severa. Esta última pode levar o paciente à morte.
Em circunstâncias normais, todo ser humano perde água ao longo do dia através do suor, lágrimas, urina e fezes e restabelece o nível de água no organismo ao beber água e outros líquidos e consumir alimentos que contenham água. Porém, quando uma pessoa tem febre, diarreia, vômitos ou se expõe ao sol de maneira excessiva pode sofrer de desidratação. Além de água, o indivíduo com desidratação também perde sais essenciais como sódio, potássio, bicarbonato de cálcio e fosfato.
Os sintomas da desidratação são sede intensa, redução da quantidade de urina, pele seca, fadiga aparente, enjoos e certa confusão mental, boca seca, aumento da pulsação e da frequência cardíaca.
O exame clínico de uma pessoa sofrendo de desidratação vai revelar pressão arterial baixa e que se reduz ainda mais quando o paciente se deita, frequência cardíaca rápida e falta da elasticidade normal da pele. Estes sinais, combinados com o relato dos outros sintomas apresentados, são suficientes para o médico determinar o diagnóstico de desidratação.
O tratamento vai depender do grau de desidratação do paciente. Em casos leves, o tratamento consiste na reidratação do paciente com líquidos e soro caseiro. O soro deve ser administrado em pequenas doses, com uso de uma colher e não aos goles. Em caso de desidratação moderada, a hidratação de líquidos é feita por via endovenosa. Por fim, a desidratação severa exige internação do paciente de maneira urgente, pois há risco de vida.
O mais importante na desidratação é prevenir sua ocorrência. Para isso, a medida principal é beber bastante água ao longo do dia. O mínimo de 2 litros deve ser aumentado para até 3 litros em caso de diarreia e vômitos frequentes ou em dias de extremo calor. Não se deve praticar atividade física durante as horas de máximo calor - de 11h às 16h. Em caso de esporte nesse horário ou em dias muito quentes, faça reposição imediata com isotônicos e depois beba bastante água.
A desidratação infantil traz mais riscos do que em adultos e possui alguns sintomas particulares, tais como falta de lágrimas ao chorar, febre alta, boca e língua seca e irritabilidade. Crianças devem ser hidratadas com frequência pelos pais, principalmente quando estiverem brincando em dias quentes ou debaixo do sol.
Idosos também correm maior risco de sofrer de desidratação. Assim como crianças eles precisam ser estimulados a beber água ao longo de todo o dia e consumir alimentos com alta concentração de líquido como sopas, picolés e frutas.
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