A litíase biliar, também conhecida como cálculo biliar, é um fenômeno decorrente do depósito de líquidos digestivos na vesícula biliar. É a doença mais comum das vias biliares.
A vesícula biliar, pequeno saco localizado próximo ao fígado, é responsável por armazenar a bilis, que é produzida no fígado e contém bilirrubina e colesterol. Essas substâncias podem “cristalizar” se a bilis na vesícula ficar mais concentrada. Com múltiplos cristais, formam-se os cálculos.
Os principais fatores de risco para a formação da litíase biliar são obesidade, dieta rica em gorduras animais, falta de exercício físico, longos períodos de jejum, uso de hormônios e contraceptivos. Mulheres, pessoas com mais de 60 anos, gestantes, diabéticos e pessoas com cirrose do fígado também são mais propensas a desenvolver a litíase biliar.
Cerca de 80% das pessoas com litíase biliar não apresenta qualquer tipo de queixa. O sintoma principal é a dor ou cólica na zona do estômago ou debaixo das costelas à direita, que se pode estender para o lado esquerdo, para as costas, para o peito ou restante abdômen. Pode aparecer, ainda, febre e icterícia (coloração amarelada dos olhos).
O melhor exame para diagnosticar a litíase biliar é a ecografia abdominal.
O tratamento está indicado apenas quando há presença de sintomas, como a cólica biliar ou outras complicações. A cirurgia para retirar a vesícula (colecistectomia) é o tratamento ideal da litíase vesicular. Ela ode ser feita por um corte na parede abdominal ou por via laparoscópica.
É recomendável prevenir a formação de cálculos, o que pode ser conseguido com a eliminação dos fatores de risco, tais como a obesidade, a dieta com excesso de gorduras animais e poucos vegetais e fruta, a falta de exercício físico, a perda rápida de peso, longos períodos de jejum, uso de hormônios e contraceptivos.
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