O único tratamento definitivo para pólipos na vesícula é a remoção da vesícula biliar, chamada cientificamente de colecistectomia. Esta operação é recomendada para pacientes com sintomas ou suspeita de que existem riscos de progressão dos pólipos, que normalmente têm caráter benigno, para malignidade.
A maioria dos pólipos biliares são benignos. Porém, é necessário realizar exames de imagem para excluir o risco de malignidade do pólipo já que a descoberta de um câncer de bexiga em estado avançado apresenta um prognóstico bastante desfavorável ao paciente. Por outro lado, se o tumor for detectado precocemente, pode ser removido e curado. Embora nenhum exame de imagem seja capaz de assegurar que o pólipo encontrado é neoplásico ou não neoplásico, a realização de um ultrassom pode dar informações úteis ao médico especialista que o auxilie a determinar a origem do pólipo.
Em algumas ocasiões, a realização de uma colecistectomia (retirada integral da vesícula biliar) pode ser exigida mesmo que os pólipos biliares encontrados sejam benignos. Existem três casos em que tal situação ocorre: quando os pólipos são acompanhados de cálculos biliares, pois a presença dos cálculos é fator de risco para o aparecimento de câncer na bexiga; quando o paciente também sofre de colangite esclerosante primária, doença rara que causa inflamação das vias biliares; e quando, junto aos pólipos, há um quadro de pancreatite já instalado.
Pacientes que não apresentam nenhuma destas condições associadas, mas apenas têm pólipos na vesícula biliar devem ser tratados de acordo com o tamanho dos pólipos.
Pólipos que têm um tamanho inferior a cinco milímetros são geralmente benignos e recebem o nome de colesterolose. Os pacientes assintomáticos não precisam de nenhum tratamento específico para o combate aos pólipos. No entanto, um acompanhamento com ultrassom a cada seis ou 12 meses é apropriado. Se o pólipo se mantiver estável entre um exame e outro, não há necessidade de interferência.
Pólipos medindo entre 5 e 10 mm podem ser pólipos de colesterol, adenomas ou carcinomas. Em geral, quando estes pólipos são solitários, eles apresentam caráter maligno. Porém, é preciso analisar o pólipo por meio de exames de imagem para confirmar a situação. Não há consenso científico quanto à periodicidade deste monitoramento. Na maioria das vezes, os testes são feitos até seis meses após a descoberta e depois anualmente. Caso eles demonstrem crescimento devem ser retirados.
Pólipos que medem entre 10 e 18 mm têm uma taxa de malignidade de 25% a 77%. Quando maligno, é normalmente encontrado em um estágio inicial, de modo que uma colecistectomia laparoscópica pode ser feita para resolução integral do problema.
Pólipos com tamanho maior do que 18 mm são frequentemente malignos e devem ser removidos de imediato. Antes, uma tomografia computadorizada deve ser feita para completar os exames e identificar todos os pólipos.
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