A amitriptilina é um medicamento utilizado para duas condições distintas: depressão e incontinência urinária noturna. O medicamento é encontrado em comprimidos de 25 miligramas. Também é comercializado sob os nomes de Neurotrypt e Tryptanol.
O uso de amitriptilina é indicado para o tratamento das diferentes formas de depressão e também para a enurese noturna, isto é, a incontinência urinária durante o sono que acomete crianças.
Para o tratamento da enurese noturna, a dosagem de amitriptilina varia com a idade do paciente. Em crianças de 6 a 10 anos, a dose recomendada é de 10 a 20 miligramas por dia antes de dormir. Para os maiores de 11 anos, a posologia vai de 25 a 50 mg. A melhora costuma ser percebida já nos primeiros dias do tratamento, mas ele deve ser mantido até a criança ser totalmente capaz de controlar a urina.
Já o tratamento da depressão baseia a dosagem no estágio da terapia (inicial ou manutenção) e situação do paciente (em casa ou hospitalizado). A dose inicial para pacientes em casa varia de 75 a 150 miligramas e os primeiros resultados são percebidos após três ou quatro dias. Após cerca de 30 dias, quando os efeitos da droga já estão totalmente em vigor, a manutenção pode ser feita com posologia de 50 a 100 mg.
Por outro lado, pacientes hospitalizados com depressão devem iniciar o tratamento com 100 miligramas por dia e ir aumentando a dose até 200 ou mesmo 300 mg diários. Para adolescentes acima dos 12 anos e idosos, a resistência ao medicamento é menor e as doses devem ficar entre 10 e 50 miligramas por dia.
Atenção: em hipótese alguma, faça uso de amitriptilina ou qualquer outro medicamento antidepressivo sem expressa prescrição médica e seguindo à risca todas as orientações passadas pelo profissional de saúde a respeito da dosagem e frequência de uso. A sobredosagem de amitriptilina pode levar à morte.
Os efeitos colaterais mais comuns associados ao uso de amitriptilina são boca seca, sonolência, tontura, aumento do apetite e ganho de peso, alterações no ritmo cardíaco e na pressão arterial, tremores involuntários, disfunção erétil e outros distúrbios sexuais, transpiração excessiva e distúrbios gastrointestinais. Há também risco de reações mais raras e graves, principalmente sobre o funcionamento do coração e alterações no sistema nervoso central.
A lista de contraindicações e advertências da amitriptilina é extensa. Em primeiro lugar, não devem fazer uso da droga os alérgicos a substâncias da fórmula, mulheres amamentando, pacientes deprimidos com menos de 12 anos e pessoas em tratamento com inibidores de monoaminoxidase (IMAO). Para grávidas, a amitriptilina é de categoria C, ou seja, riscos e benefícios devem ser pesados pelo médico antes de prescrever o remédio à gestante.
Além disso, é preciso cautela, acompanhamento médico estrito e ajustes na dosagem para os pacientes com as seguintes condições médicas: doenças cardiovasculares, diabetes, hipertireoidismo, mau funcionamento do fígado, glaucoma e retenção urinária. Doses mais baixas e atenção médica também são necessárias para idosos e usuários de lentes de contato.
Por fim, o tratamento da depressão associada a outros distúrbios do sistema nervoso central pode trazer riscos. Pacientes com esquizofrenia podem sofrer agravamento dos sintomas psicóticos. Já portadores da síndrome maníaca-depressiva podem apresentar mudança para a fase maníaca após uso de amitriptilina. Além disso, pacientes deprimidos em geral não devem ter acesso a altas quantidades do medicamento pois há risco de tentativa de suicídio.
Cada comprimido do medicamento contém 25 miligramas de amitriptilina mais excipientes (celulose microcristalina, amidoglicolato de sódio, dióxido de silício, fosfato de cálcio dibásico, corante laca amarelo nº 5 e estearato de magnésio).
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