A esquizofrenia é uma doença mental grave que deteriora a capacidade do paciente em diversos aspectos psicológicos como o pensamento, percepção, emoções ou vontades. A esquizofrenia é um transtorno psicótico que costuma se manifestar inicialmente entre os 15 e 25 anos em homens e entre 25 e 35 anos em mulheres.
Até hoje, não foi possível determinar de maneira exata as causas da esquizofrenia. No entanto, já se sabe que fatores genéticos apresentam papel bastante relevante para a ocorrência da doença. Além disso, há a suspeita de que infecções da mulher durante a gravidez e complicações no parto podem gerar predisposição para a doença nas crianças.
Não é possível afirmar que a esquizofrenia é uma condição hereditária já que os genes envolvidos nesta doença ainda não foram identificados e nem todo filho de uma pessoa com diagnóstico da doença também terá o problema. Porém, já está comprovado que o histórico familiar de esquizofrenia aumenta os riscos de uma criança desenvolvê-la ao longo da vida.
A esquizofrenia pode ser dividida em seis tipos: simples, paranoide, desorganizada, catatônica, indiferenciada e residual. Eles se diferenciam por seus sintomas.
A esquizofrenia simples tem como sintomas principais o isolamento social do paciente, ausência de relações afetivas e mudança de personalidade.
A esquizofrenia paranoide causa ansiedade, maior propensão a ataques de fúria e sensação constante de perseguição por parte do paciente, incluídos familiares e amigos próximos.
A esquizofrenia desorganizada provoca apatia, tendência a comportamento infantil, dificuldade de organização do pensamento e ausência de emoções diante de situações importantes.
A esquizofrenia catatônica tem como sintoma principal a catatonia, que deixa o paciente com postura e musculatura tensa e rígida e expressão facial fora do normal. Além disso, há quadro de apatia.
A esquizofrenia indiferenciada é a forma de esquizofrenia que não apresenta características particulares e pode desenvolver sintomas dos demais tipos.
Por fim, a esquizofrenia residual é aquela em que o paciente apresenta apenas sintomas isolados após tratamento de quadros completos da esquizofrenia.
Não existem exames capazes de detectar a ocorrência de esquizofrenia. Por conta disso, o diagnóstico deve ser feito por um psiquiatra ou psicólogo que buscará em uma consulta os sinais mais comuns da doença, como dificuldade em fazer contato visual, problemas de fala, falta de emoções, entre outros.
Para o tratamento da esquizofrenia, é necessário uma abordagem multidisciplinar com acompanhamento de psiquiatra, psicólogo, assistente social e enfermeiro. Além disso, a família do paciente exerce papel fundamental no tratamento. O tratamento medicamentoso é igualmente indispensável. Ele é composto de antipsicóticos, neurolépticos e uso de ansiolíticos ou antidepressivos. Os tratamentos de esquizofrenia são particularmente rigorosos e devem ser mantidos ao longo de toda a vida.
A esquizofrenia não tem cura. No entanto, o avanço dos tratamentos e sua obediência estrita garantem a possibilidade de uma vida tranquila para o paciente, com redução das ocorrências de crises e dos sintomas.
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