Complementos alimentares compreendem principalmente vitaminas, minerais e antioxidantes que se apresentam na forma de cápsulas, ampolas e chás. Usuários desses produtos, vendidos sem receita médica, desconhecem os riscos de um consumo excessivo e frequentemente esquecem que essas substâncias podem ser obtidas pela alimentação. As carências de vitaminas e minerais são bastante raras e ocorrem essencialmente entre os mais pobres.
A ingestão de vitaminas em pequenas quantidades por meio da alimentação é necessária para o funcionamento do nosso organismo. As vitaminas A, D, E e K são essencialmente encontradas nos alimentos de origem animal e nos óleos vegetais. O consumo regular e equilibrado de frutas e legumes proporciona quantidade suficiente de antioxidantes, vitaminas C e do complexo B.
As cápsulas gelatinosas de complementos alimentares e vitaminas, consumidas em quantidades muito elevadas sem receita médica, podem ter efeitos colaterais. Por isso, é crucial respeitar a dose diária recomendada desses produtos. Cada vitamina em sobrecarga apresenta sintomas diferentes, muitos deles bastante graves, pois podem impedir a realização de determinadas funções orgânicas essenciais. Além disso, certos complementos são contraindicados quando utilizados em combinação com outros medicamentos.
Busque o conselho de seu médico ou de um especialista se você consome complementos alimentares há vários meses ou anos. Não compre produtos pela internet sem recomendação especializada: o número de produtos vendidos sem nenhum controle extrapola os meios tradicionais. Desconfie das propagandas muito chamativas. Não tome muitas vitaminas ou complementos alimentares de uma única vez: algumas associações não são recomendadas, como a da vitamina C com ferro, por exemplo.
Não tome complementos alimentares por um período muito grande nem em grandes quantidades. Respeite as doses diárias recomendadas. Verifique nos rótulos a quantidade de cada produto. Alguns complementos alimentares são contraindicados com medicamentos, como a vitamina E e os anticoagulantes, por exemplo.
De acordo com vários especialistas, o benefício observado no consumo desses produtos é equivalente ao que é fornecido pelas frutas e legumes. É preciso convencer a população a comer frutas e legumes diariamente e a não tomar complementos alimentares sem receita médica.
O risco de dosagem excessiva de vitaminas ou antioxidantes é significativo entre pessoas que não têm necessidade desses produtos: isso pode levar ao desenvolvimento de um câncer subclínico. Esses produtos deveriam ser reservados a certas recomendações médicas específicas, especialmente entre pessoas que tenham uma dieta muito restrita.
O ômega 3, ácido graxo essencial poli-insaturado, deriva das gorduras animais e vegetais presentes em alimentos como óleo de canola, nozes ou linhaça, peixes (anchova, sardinha, atum, salmão, robalo, arenque), óleo de peixe, ovos e leite.
Não compre pela internet. O tratamento deve durar de um a três meses, no máximo. Busque o conselho de um médico para evitar doses excessivas. O consumo muito grande de antioxidantes pode levar a um efeito contrário ao desejado. Estudos mostram porcentagem elevada de mortalidade entre consumidores de ômega 3 em quantidade muito grande ou por períodos muito longos. Em doses elevadas, esses produtos levam a um aumento de 20% no risco de câncer de pulmão. Os antioxidantes são contraindicados para grávidas, pacientes com câncer ou que apresentem fatores de risco para desenvolver a doença.
O uso de complementos alimentares só deve ser feito sob recomendação médica nos casos específicos em que o paciente apresenta déficit de alguma vitamina ou mineral atestado por um exame de sangue. Em outras situações, uma dieta balanceada e rica em frutas e legumes é capaz de suprir todas as necessidades de vitaminas e minerais de uma pessoa.
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