Um placebo é uma 'droga falsa' que não contém nenhum ingrediente ativo. Um efeito placebo ocorre quando a administração de um placebo mostra efeito terapêutico.
Um medicamento placebo é normalmente utilizado em testes de fármacos. Nesses estudos, os participantes são divididos em dois grupos sendo que um tomará de fato o remédio que está sendo experimentado enquanto o outro receberá um placebo, comprimido no mesmo formato do original, porém sem nenhum princípio ativo em sua composição.
Fala-se em efeito placebo quando um paciente recebe um comprimido de placebo e, mesmo assim, apresenta melhora em sua condição. Muitas vezes, médicos que suspeitam de que o problema do paciente seja de ordem emocional ou por hipocondria receitam um placebo (sem o conhecimento do paciente) para analisar se a condição passará.
O efeito placebo é observado em todas as idades e ocorre igualmente entre homens e mulheres. Além disso, há muitos estudos demonstrando a eficácia do efeito placebo até mesmo entre animais. A eficácia do placebo depende tanto do paciente quanto da doença (condições graves jamais poderão ser curadas com placebo), mas principalmente da relação de confiança desenvolvida entre médico e paciente. Casos de profissionais que já conhecem o perfil de seus pacientes e pessoas que confiam no sucesso da prescrição de seus médicos têm possibilidade muito maior de apresentar efeito placebo.
Vários fatores podem levar a variações na intensidade do efeito placebo. Entre eles estão medicação e via de administração (tamanho, forma, cor, sabor, frequência de uso, embalagem etc). É comprovado, por exemplo, que pílulas placebo amargas são mais eficazes do que pílulas de sabor neutro. Outros fatores são a relação médico-paciente, como visto acima, expectativas do paciente e tipo da doença. Doenças psicossomáticas, por exemplo, têm altas chances de serem tratadas com placebo, caso os outros fatores já descritos estejam presentes.
De um modo geral, o placebo têm um efeito mais rápido do que o fármaco real. A terapia placebo não só resulta em bem-estar subjetivo do paciente, mas também é objetivamente mensurável. Por exemplo, impacto sobre a pressão arterial, a produção de ácido no estômago, o diâmetro da pupila, os resultados do sangue, a produção de esteroides, os níveis de glicose e de colesterol do sangue, etc.
O termo efeito nocebo significa a ocorrência de uma reação física negativa, que não se devem aos efeitos colaterais de uma terapia ou droga. Em casos mais extremos, uma substância completamente inofensiva causa vômitos, tonturas, desmaios e outros problemas. Os sintomas mais comuns de efeito nocebo são cansaço (25%), queixas gastrointestinais (16%), dificuldade de concentração (13%), dor de cabeça (12%) e tremores (11%).
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