A maconha, derivada da planta Cannabis sativa, é uma das drogas mais consumidas do Brasil. Seus efeitos são causados pela substância tetrahidrocanabinol, mais conhecida pela sigla THC, que também é alvo de estudos em relação às suas propriedades medicinais contra a epilepsia persistente, ou seja, que não responde a outras formas de tratamento.
Proibida no Brasil, a maconha causa uma série de reações físicas e psíquicas como euforia, alegria, perda de memória, mudança na pressão arterial e aumento dos riscos de depressão. Seu uso continuado também está ligado ao surgimento de quadros de esquizofrenia e bipolaridade.
O tempo de duração dos efeitos da maconha varia de acordo com a forma de utilização. Se for fumado, o THC vai diretamente para o cérebro e seus efeitos duram cerca de cinco horas. Se for ingerido, o efeito demora mais para se manifestar, mas dura aproximadamente 12 horas.
Se consumida por muito tempo, a maconha gera maior chance de desenvolver câncer de pulmão, bronquites, tosse crônica e arritmia cardíaca, além de fragilizar o sistema imunológico.
A Cannabis para uso medicinal tem vários efeitos benéficos, reconhecidos em estudo. Náuseas são aliviadas com essa substância, bem como sintomas provenientes da quimioterapia, como a perda do apetite. A substância pode ainda aliviar a pressão intraocular nos casos de glaucoma e ter efeito analgésico geral.
Algumas substâncias derivadas da maconha, como o canabidiol (CBD) e o tetrahidrocanabinol (THC), possuem ação importante no controle da epilepsia persistente. Por conta deste efeito benéfico, estas substâncias podem ser importadas para o Brasil para tratamento de crianças e adolescentes com formas graves da doença - há casos de pacientes que sofrem de 15 a 20 crises convulsivas por dia - mediante solicitação à Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa).
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