A leptospirose é uma condição bacteriana que ocorre geralmente em lugares de clima quente e úmido. Algumas profissões apresentam risco elevado de contrair leptospirose, como garis, agricultores e profissionais de matadouros.
Alguns mamíferos, como ratos e cachorros, são os portadores dos germes que causam a doença e podem transmiti-los para seres humanos por meio de mordidas, contato com o animal morto ou sua urina e por meio de alimentos e água contaminada.
O agente causador da leptospirose é uma bactéria do gênero Leptospira. Esse micro-organismo vive nos rins de agentes transmissores, principalmente roedores, e, depois de excretada, sobrevive por até seis meses no meio ambiente.
Os sintomas clínicos da doença variam muito de pessoa para pessoa. Em geral, eles se caracterizam por aparição repentina de febre alta, dores generalizadas (abdominais, muscular e de cabeça), aumento de volume do baço e erupções cutâneas.
Após alguns dias de evolução do quadro da doença, surge também icterícia (coloração amarelada da pele e dos olhos), o que evidencia que as bactérias já afetam o fígado do paciente. Além disso, outros órgãos podem ser afetados pela infecção e provocar sintomas como os pulmões (que causa tosse) e os vasos sanguíneos (sangramentos pelo nariz).
O diagnóstico da leptospirose pode ser bastante difícil devido à multiplicidade de sintomas possíveis. Um exame de sangue pode mostrar alguns sinais biológicos suspeitos como aumento dos glóbulos brancos e diminuição do número de plaquetas. O diagnóstico se baseia também na análise dos anticorpos específicos da doença.
O tratamento se baseia fundamentalmente no uso de antibióticos. Também é preciso estar atento para tratar possíveis complicações secundárias nos órgãos para reduzir a intensidade dos sintomas. Na maior parte dos casos, o paciente deve ser internado para realizar o tratamento.
A leptospirose tem cura. O uso de antibióticos na dosagem e tempo recomendados pelo médico especialista é capaz de eliminar a bactéria. A hidratação do paciente também ajuda no processo de cura.
Para não contrair leptospirose, é preciso evitar o contato com animais e, principalmente, sua urina. Por isso, é importante evitar, por exemplo, o banho de rio em regiões onde a doença é endêmica. Enchentes em grandes cidades também podem desencadear muitos casos de leptospirose. Nesse sentido, evite sair à rua durante alagamentos e evite contato com a água.
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