Muitas pessoas possuem o hábito de estalar os dedos e outras partes do corpo ao longo do dia. Enquanto algumas tratam isso como algo bastante normal, outras podem se incomodar com os barulhos que o estalar das articulações pode fazer. Mais do que o som, há também quem se preocupe com os efeitos que isso pode ter para as juntas.
Há cerca de um ano, um estudo da Universidade de Alberta, no Canadá, praticamente encerrou a discussão sobre os possíveis riscos do hábito de estalar os dedos. E a conclusão dos cientistas é que ele não traz nenhum dano às articulações. O estalo - e o som associado a ele - ocorre porque a separação das articulações (ao puxar um dedo, por exemplo) cria uma "bolha de vácuo" no líquido sinovial, substância lubrificante das juntas, e a explosão dessa bolha provoca o barulho característico do estalo.
Os dedos ficarem mais grossos por conta dos estalos é outra possibilidade que a ciência tem refutado em estudos recentes. Não há acúmulo de nenhuma substância no líquido sinovial ou nas articulações que poderia indicar o engrossamento dos dedos em pessoas que têm o hábito de estalá-los.
Estalar os dedos é, como já dito anteriormente, um hábito de algumas pessoas e, como todo hábito, pode ser interrompido com técnicas de terapia comportamental. Porém, algumas vezes as pessoas estalam os dedos quando estão passando por momentos de estresse e ansiedade. Nestes casos, o correto é combater a causa do problema e não sua consequência.
Dedos podem estalar sozinhos quando sofrem o que se chama de dedo em gatilho. Em geral, esta condição afeta o polegar ou o anelar e se caracteriza por inflamação no tendão flexor do dedo, que fica com os movimentos reduzidos e perde a capacidade de esticar completamente. Nessa ocasião, quando o paciente tenta estendê-lo além do possível, o dedo estala e dói. Ao perceber esta combinação de sintomas, procure um médico especialista.
Estalos ocasionais no pescoço são tão normais quanto o estalar dos dedos. No entanto, pescoços que estalam demais podem indicar uma mobilidade excessiva de suas articulações e risco de desalinhamento. O ideal é procurar aconselhamento de um quiroprata nestas casos.
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