Existem diversos tipos de alucinações: auditivas, visuais, olfativas e cenestésicas. Em geral, elas são resultado de problemas mentais, mas também podem ser causadas por doenças ou casos de abuso químico.
As alucinações resultam geralmente de problemas mentais, como a psicose alucinatória, depressão, estado de choque emocional e esquizofreina. A pessoa pode ter consciência do seu problema ou não saber que passa por uma alucinação. Certas doenças crônicas ou infecciosas, o abuso de álcool e outras drogas e distúrbios do sono também fazem parte dos fatores de risco das alucinações.
As alucinações podem afetar um ou mais sentidos. No entanto, as mais comuns são as auditivas e visuais. A duração e complexidade do tratamento também variam de caso para caso.
As alucinações auditivas produzem a percepção de um som, música ou voz na cabeça do paciente. Podem ser ruídos simples (como cliques ou batidas) ou complexos (como uma música específica). As alucinações auditivas podem ser provocadas por um problema mental agudo ou crônico como a esquizofrenia. Também são fatores o uso de certos medicamentos ou situações de estresse. Em casos de problemas mentais, é importante estar atento se a pessoa demonstra estar escutando algo ou se conversa sozinha.
As alucinações visuais podem ser aparições simples (como formas ou cores) ou complexas (como pessoas e personagens). Essas alucinações tendem a ser causadas por abuso de substâncias químicas ou álcool, bem como por doenças neurodegenerativas ou distúrbios do sono.
As alucinações olfativas e gustativas podem estar associadas a odores e gostos agradáveis ou desagradáveis. São menos precisas que as alucinações auditivas e visuais e podem ser provocadas por alterações no sistema olfativo e gustativo, como infecções virais, tumor cerebral, exposição a certas drogas e dores de cabeça persistentes.
As alucinações táteis geram sensações de calor ou frio, de queimaduras, picadas e manchas na pele. Elas podem levar o paciente a coçar o braço até sangrar, por exemplo.
As alucinações cenestésicas são descritas como uma sensação de intrusão no corpo do paciente. Em alguns casos, por exemplo, a pessoa pode acreditar que uma parte do seu corpo está se transformando e tomando uma nova forma.
Diversos distúrbios podem fazer o paciente sofrer com alucinações durante o sono ou assim que acordar. Os problemas vão desde febre alta (superando os 40ºC) até a paralisia do sono, distúrbio no qual o paciente acorda apenas com os movimentos dos olhos e músculos respiratórios e sofre alucinações por alguns minutos.
As alucinações podem ser disparadas por problemas mentais bem como outros distúrbios neurológicos (encefalite, epilepsia), intoxicações, doenças crônicas, como a insuficiência renal e hepática, doenças infecciosas (paludismo, sífilis) ou doenças neurodegenerativas, como Alzheimer e Parkinson. Portanto, apenas um especialista pode fazer um diagnóstico correto das alucinações e sua causa.
O tratamento depende da causa das alucinações relatadas pelo paciente. É necessário identificar a origem do problema para depois agir sobre ele. Em casos de problemas mentais, o tratamento convencional se dá por meio de medicamentos antipsicóticos, eventualmente associados a ansiolíticos e acompanhamento de um especialista. Já para problemas orgânicos, é preciso efetuar o tratamento da doença responsável pelas alucinações. Se elas forem causadas pelo uso de algum medicamento, o correto é modificar a substância utilizada.
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