A pílula do dia seguinte é um método contraceptivo de emergência de última geração e evita uma gestação indesejada após a prática de relações sexuais sem proteção. Para que seja eficaz, a pílula do dia seguinte deve ser tomada até 72 horas depois da relação sexual.
A pílula do dia seguinte contém hormônios que previnem que uma mulher engravide após a prática de relações sexuais sem proteção. No Brasil, a pílula do dia seguinte mais utilizada é composta por levonorgestrel, progesterona sintética que inibe a ovulação, impede a fecundação e a adesão do óvulo fecundado à parede do útero. O efeito da pílula do dia seguinte varia entre 11 e 15 horas e suas substâncias são eliminadas principalmente pela urina. Se a mulher voltar a ter relações sexuais 18 horas depois de tomar a pílula já não estará mais protegida.
Recomenda-se a ingestão da pílula do dia seguinte depois de praticar sexo desprotegido ou caso ocorra rompimento do preservativo durante a relação sexual. Em casos de estupro, a pílula do dia seguinte está entre as ações urgentes a serem realizadas pelo profissional de saúde responsável pelo atendimento à vítima.
Dentre os efeitos causados pela pílula do dia seguinte estão náuseas e vômitos, que acometem duas em cada dez pacientes que utilizam esse método. Caso vomite até quatro horas após tomar a pílula, recomenda-se a repetição da dose.
A paciente deve tomar duas pastilhas da caixa. A primeira antes de 72 horas da relação sexual e a segunda doze horas depois de ter ingerido a primeira. Atualmente, a Organização Mundial da Saúde (OMS) também recomenda a ingestão dos dois comprimidos ao mesmo tempo.
Se a mulher se esquecer de tomar a segunda dose da pílula do dia seguinte os resultados podem ser prejudicados, reduzindo a eficácia do remédio.
Você saberá que a pílula do dia seguinte teve o resultado esperado quando, uma ou duas semanas depois de tomar o comprimido, ficar menstruada novamente. Caso isso não aconteça, recomenda-se a realização de um teste de gravidez.
A pílula do dia seguinte pode ser ministrada em mulheres com vida sexual ativa, desde a adolescência até os 38 anos. Pacientes com doenças cardiovasculares devem consultar seu médico antes de ingerir a pílula do dia seguinte. Vale lembrar que a pílula do dia seguinte não protege contra doenças venéreas, incluindo o HIV.
A eficácia desse método contraceptivo não é de 100% e diminui à medida em que passam as horas depois da relação de risco. Se tomada até 24 horas depois da relação desprotegida, a pílula do dia seguinte tem 95% de eficácia.
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