O coração é o responsável por bombear o sangue para todas as partes do corpo. Cada movimento do órgão corresponde ao que chamamos de batida cardíaca (ou batimento cardíaco). O conjunto de batidas em um minuto recebe o nome de frequência cardíaca. Sua variação, acima ou abaixo dos valores normais, pode ser indício de algum problema.
A medição das batidas cardíacas pode ser feita em diversas partes do corpo. Em geral, profissionais de saúde realizam a medição da frequência cardíaca no pulso (artéria radial) ou pescoço (artéria carótida) do paciente. No entanto, também é possível observar os batimentos cardíacos na virilha, tornozelo, peito, entre outros pontos do corpo.
Não é necessário passar um minuto contando os batimentos para medir a frequência cardíaca. Conta-se as batidas durante 15 segundos e multiplica-se o valor observado por quatro para se chegar à frequência cardíaca. Ou seja, se houver 20 batidas em 15 segundos, o paciente apresenta uma frequência de 80 batimentos por minuto (bpm).
A frequência cardíaca normal está entre 60 e 100 batimentos por minuto. Porém, essa taxa pode variar, para cima ou para baixo, de acordo com idade e nível de atividade física da pessoa.
Entre bebês recém-nascidos, por exemplo, a frequência cardíaca normal em repouso varia entre 120 e 160 batimentos por minuto. Até 2 anos, os valores vão de 80 a 130 bpm. A partir daí, os valores tendem a se estabilizar até a casa dos 60 anos. Idosos podem ter uma frequência cardíaca mais baixa, chegando próximo aos 40 bpm. Por fim, esportistas, por terem uma capacidade de bombeamento melhor que a média, também podem aproveitar valores de frequência cardíaca mais baixos, na casa dos 40 ou 50 batimentos cardíacos por minuto quando estão em repouso.
A prática de exercícios físicos e situações de forte estresse elevam a frequência cardíaca, podendo inclusive causar sensações de mal-estar caso a frequência máxima seja ultrapassada. Este máximo é definido pela idade e sexo do paciente. O cálculo da frequência máxima é feito subtraindo os anos de idade do paciente de 220 - no caso de homens - e 226 - para mulheres. Ou seja, um homem de 50 anos tem frequência cardíaca máxima de 170 bpm (220 - 50 = 170). Já uma mulher de 35 anos tem frequência cardíaca máxima de 191 bpm (226 - 35 = 191).
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