Ter um seio maior que o outro é uma condição bastante frequente. Estima-se que 50% das mulheres tenham, às vezes de modo quase imperceptível, uma mama maior que a outra. A situação também pode afetar os homens.
Os seios estão em constante mudança ao longo da vida da mulher. Em geral, eles começam seu crescimento cerca de dois anos depois da menarca (primeira menstruação) e continuam seu desenvolvimento durante dois a quatro anos. No princípio, é comum que o tamanho e a forma dos seios não seja igual, mas com o tempo essa situação tende a se ajustar. Posteriormente, as mudanças são observadas mês a mês, de acordo com os ciclos menstruais da mulher. Além disso, o passar do tempo atua de maneira determinante, pois com o avanço da idade, os seios devem apresentar aparência mais flácida. Por fim, a gestação e o período de aleitamento também podem provocar alterações significativas no tamanho das mamas.
Falamos em assimetria mamária quando a forma, tamanho e/ou posição de uma mama é diferente da outra. A assimetria pode afetar todo o peito ou restringir-se à aréola. Em geral, a assimetria é imperceptível. No entanto, em algumas mulheres ela pode causar desconforto estético e problemas de autoestima. Apenas nestes casos, uma intervenção cirúrgica pode ser recomendada por um cirurgião plástico, mas o procedimento só apresenta resultados se um dos seios for ao menos um número maior que o outro. Para outros casos, tratamentos com cremes corretores e prática de exercícios de musculação podem solucionar o problema.
Na adolescência, o início do processo de desenvolvimento dos seios faz com que as chances de uma mama se apresentar maior que a outra sejam maiores. Na maioria dos casos, tal situação se ajusta com o passar do tempo e tende a se tornar pouco perceptível.
Muitas mulheres que estão amamentando percebem que um dos seios produz mais leite que o outro. Isso se deve ao fato de que cada seio possui uma quantidade diferente de dutos para produção. Assim, quanto mais leite o seio produzir, maior ele será, podendo surgir um quadro de assimetria. Essa condição é totalmente normal e não deve provocar preocupação pois, ao final do aleitamento, ambos voltarão a ter o mesmo tamanho. Tal situação também pode ser decorrência de um hábito da mulher de alimentar o filho mais de um lado que o outro. Aquele lado mais utilizado tenderá a produzir mais leite e, portanto, ficar maior.
Enquanto a diferença de tamanho de uma mama para a outra é frequente entre mulheres, essa alteração em homens pode ser sinal de um câncer de mama, condição rara mas possível entre o sexo masculino. Tal situação normalmente é escondida pelo homem por vergonha da ocorrência, o que faz com que o câncer seja detectado já em estágio mais avançado, o que piora o prognóstico de recuperação. O aumento da mama costuma ser acompanhado de dor na região afetada. A distinção do câncer para uma ginecomastia é simples e feita a partir da observação já que a ginecomastia provoca aumento das duas mamas.
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