Feito no recém-nascido, o teste de triagem neonatal, mais conhecido como teste do pezinho, pode detectar rapidamente muitas doenças graves que são assintomáticas. Entenda mais sobre esse teste, seus objetivos e doenças rastreadas.
No teste de triagem neonatal, algumas gotas de sangue são retiradas do calcanhar - daí o nome popular do exame - do recém-nascido e depositadas no papel filtro com o nome da criança e, em seguida, analisadas em um laboratório. No Brasil, o teste é obrigatório e gratuito pelo Sistema Único de Saúde.
O teste do pezinho é feito no recém-nascido a partir de 48 horas depois do nascimento até 30 dias de vida. Em boa parte dos casos, a amostra de sangue necessária para o exame é colhida ainda antes do bebê deixar o hospital após o parto.
Criado no início de 1970 e tornado obrigatório no Brasil em 1992, o teste de triagem neonatal pode detectar doenças assintomáticas no recém-nascido. Seu objetivo, portanto, é implementar o atendimento precoce e prever um tratamento adequado em caso de teste positivo para alguma das condições. As doenças rastreadas podem ter consequências graves ou serem incapacitantes. Um tratamento precoce ajuda a conter a progressão da doença ou mesmo prevenir o aparecimento de sintomas.
As doenças rastreadas através de triagem neonatal são principalmente doenças raras de origem genética, metabólica ou infecciosa. As doenças testadas neste exame são fenilcetonúria (doença metabólica), hipotireoidismo congênito (alterações da tireoide), hiperplasia congênita da suprarrenal (glândulas suprarrenais anormais), anemia falciforme (doença do sangue resultante de infecções), deficiência de biotianidase (falta da vitamina biotina) e fibrose cística (alteração dos órgãos tais como os pulmões e pâncreas). Como essas doenças não são hereditárias, é possível que a doença seja encontrada em crianças cujos pais não são portadores. Por isso, é importante que todas elas realizem o teste.
A maioria dos resultados de triagem neonatal são negativos. Em caso de resultados anormais ou suspeitos, podem ser necessários exames adicionais para confirmar ou refutar o diagnóstico.
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