O acidente vascular cerebral (AVC) é a principal causa de mortalidade da mulher em vários países, acima das patologias cardíacas e câncer de mama. Infelizmente, a maioria das mulheres ignora que elas são mais propensas que os homens a sofrerem um derrame e não estão conscientes do risco que esta patologia severa representa para elas. Seis em cada dez mortes por acidente vascular cerebral são de mulheres.
Muitas vezes, ignorar manifestações que evocam um acidente vascular cerebral atrasa o tratamento urgente. Se o tratamento for iniciado no prazo de três horas após o início dos primeiros sintomas, as chances de sobrevivência sem sequelas é maior. Além disso, lembre-se que uma em cada cinco mulheres tem um AVC em sua vida. As mulheres têm mais fatores de risco e ficam mais incapacitadas do que os homens após sofrer um acidente vascular cerebral.
Um estudo realizado pela equipe da unidade de neurologia do Centro Médico Wexner, em Ohio, nos Estados Unidos, com mil mulheres revelou que apenas 10% delas reconhecem os sintomas típicos de um acidente vascular cerebral.
É essencial ajudar as mulheres que rapidamente reconhecem as manifestações como fraqueza, fadiga, perda de força repentina, desordem na dicção e perda da fala, problemas de elocução ou dificuldade para compreender palavras ou lê-las, perda de visão em um olho, visão dupla, dormência e/ou paralisia no rosto, braço ou perna, dores fortes de cabeça inabituais acompanhadas de sonolência e náusea, perda de equilíbrio, quedas frequentes, andar instável e mal-estar generalizado podem ser os primeiros sintomas de um AVC. Estes sintomas requerem um atendimento de emergência.
Também é importante conhecer os fatores de risco do AVC, tais como hipertensão arterial e desordens do ritmo cardíaco, que representam as causas principais de ocorrência de um AVC, mas também a gravidez (especialmente nos últimos meses), lúpus, enxaqueca, uso de anticoncepcional com estrogênio sintético e o tabagismo, especialmente quando combinado com anticoncepcionais. Além disso, a velhice em mulheres representa um risco adicional para o problema. Gravidez também tem um período de riscos, devido à ocorrência de complicações como hipertensão arterial ou diabetes gestacional.
A Associação Americana do Coração (AHA, na sigla em inglês) recomenda atividade física regular, medição da pressão arterial - que deve estar sempre em 130 por 90 mmHg - como medidas preventivas contra o AVC. Interromper o tabagismo, monitorar a frequência cardíaca e os níveis de colesterol e glicose no sangue também estão na lista, bem como a adoção de hábitos alimentares saudáveis.
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