A articulação do joelho é responsável por suportar todo o peso do corpo. Por isso, a presença de uma artrose na região é capaz de deixar o paciente inválido e com dores constantes. A artrose do joelho, também chamada de gonartrose, é três vezes mais frequente que a artrose do quadril.
A artrose de joelho pode se desenvolver a partir de um traumatismo, como fratura de fêmur, tíbia ou rótula, mas também por ruptura de ligamento ou lesão nos meniscos, parte do joelho responsável pelo amortecimento do impacto entre fêmur e tíbia.
Além disso, infecções, necroses e reumatismo podem levar a uma artrose do joelho, bem como o envelhecimento natural do paciente. Pessoas acima dos 40 anos começam a ter risco de apresentar artrose nessa articulação.
Diversos fatores de risco podem estar implicados no mecanismo que conduz à artrose de joelho. Em primeiro lugar, fatores genéticos podem predispor certas pessoas a essa condição. Sobrepeso e trabalhos que exigem o carregamento de objetos muito pesados também acarretam a artrose na articulação.
Uma artrose de joelho é provocada pela deterioração da cartilagem da articulação do joelho. Em metade dos casos, a artrose se localiza na articulação entre o fêmur e a tíbia e se deve a um desvio no eixo mecânico da perna. Em 35% das vezes, a articulação afetada fica entre o fêmur e a rótula e é causada por traumatismo ou instabilidade da rótula. Nas demais situações, as duas articulações são afetadas.
Paciente com artrose do joelho têm dificuldades de locomoção pois a movimentação dessas articulações é feita através do deslize entre as cartilagens que recobrem a extremidade inferior do fêmur, a parte superior da tíbia e a face posterior da rótula.
A dor no joelho, que acomete ambos em 70% dos casos de artrose, é o principal sintoma da gonartrose. As dores têm intensidade variável e se localizam nas faces interna e externa do joelho. As dores se agravam após algum esforço físico maior do paciente, como caminhadas prolongadas, subir escadas, carregar objetos pesados e em pacientes com sobrepeso.
Frequentemente, as dores são acompanhadas por edemas e rigidez pela manhã, o que dificulta movimentos de flexão e extensão do joelho. O nível de limitação dos movimentos varia de pessoa para pessoa e com o grau de atividade física realizada pelo paciente. Quem tem artrose nos joelhos também apresenta fraqueza nas pernas, com seguidos casos de claudicação. Em casos avançados, é possível observar deformação da estrutura do joelho.
Os exercícios mais indicados para pacientes com artrose no joelho são aqueles que promovem o fortalecimento dos músculos da coxa. Há uma série de exercícios que podem ser realizadas, sempre com orientação de um profissional de educação física e sob recomendação de um médico. A prática de pilates e hidroginástica é bastante comum e traz resultados satisfatórios.
O tratamento fisioterápico é essencial para o paciente com artrose no joelho. As sessões vão garantir que a doença progrida em ritmo lento ou mesmo não avance. Além disso, elas vão garantir que o paciente consiga manter os movimentos com poucas limitações.
Medicamentos são indicados para portadores de gonartrose somente em situações esporádicas para alívio de dores e outros sintomas. Os mais prescritos são analgésicos e anti-inflamatórios, porém ambas as classes de remédios devem ser tomadas com moderação pelos riscos à saúde provocados por seu uso prolongado.
A cirurgia para artrose no joelho promove a substituição da articulação original por uma prótese e recebe o nome de artroplastia do joelho. Essa solução, no entanto, só é recomendada em casos onde a doença já se encontra bastante avançada.
A artrose do joelho tem cura quando a cirurgia de substituição da articulação é realizada. Porém, o procedimento só deve ser realizado em pacientes com artrose avançada e quando outras formas de tratamento não surtem efeito.
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