A bulimia é um transtorno alimentar caracterizada pela ingestão de quantidades importantes de comida durante um período muito curto (acesso bulímico) acompanhado de ações que visam compensar a ingestão compulsiva de alimento, como vômitos provocados, uso de laxantes e diuréticos, hiperatividade física e obsessão pelo controle do peso, além de baixa autoestima.
A bulimia é um distúrbio alimentar causado por um outro distúrbio de ordem psicológica, que fazem com que o paciente sinta necessidade de emagrecer apesar de já estar muito abaixo do peso devido a uma imagem distorcida que ele faz do próprio corpo. Diferentemente da anorexia, a bulimia também produz estágios de ingestão compulsiva de alimentos.
Os sintomas da bulimia são vômitos induzidos pouco tempo após as refeições, perda de peso excessiva, uso de medicamentos como diuréticos e laxantes para acelerar a perda de peso e, em alguns casos, prática excessiva de atividade física, condição conhecida como vigorexia.
Diante do quadro sintomático apresentado acima, o diagnóstico da bulimia é feito a partir da observação das três situações abaixo. Primeiro, o médico responsável pelo diagnóstico deve atentar para a frequência dos acessos bulímicos, que deve ocorrer ao menos duas vezes por semana durante seis meses.
O paciente também demonstra vontade de perder peso apesar de já estar claramente abaixo do seu peso ideal. Além disso, o profissional de saúde deve eliminar outras doenças possíveis, como a anorexia mental, hiperfagia (sobrealimentação de pessoas obesas, ansiosas ou que sofram de problemas psiquiátricos) ou consumo compulsivo de bebidas.
As complicações clássicas da bulimia são problemas no ciclo menstrual, distúrbios do sono, desenvolvimento de diabetes, desidratação, esofagite e complicações dentárias graves (devido aos vômitos frequentes). Também é possível observar quadros de depressão e aumento do risco de tentativa de suicídio.
O tratamento terapêutico da bulimia é feito através de ações psicoterápicas (individuais, familiares ou em grupo) e terapias cognitivas e comportamentais. O psiquiatra ou outro profissional de saúde também pode receitar o uso de antidepressivos que tratem a dimensão compulsiva do distúrbio. Também é necessária uma ação nutricional sobre o paciente, com adaptação do regime alimentar.
A hospitalização de um paciente com bulimia é rara e deve ser realizada somente entre aqueles com quadros de depressão grave, acessos bulímicos muito frequentes ou com desordens metabólicas importantes.
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